A alegria está garantida no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. Os (A)Gentes do Riso – grupo de artistas que dedica parte do seu tempo para brincar e tentar fazer crianças, famílias e funcionários sorrirem – garantiram recursos financeiros para o projeto, no último dia 11, pelo Cartase e já foram à campo nesta segunda-feira. Invadiram os corredores e pintaram sorrisos.
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O projeto que começou em 2011, e recebia apoio de empresas privadas até 2014, precisou encontrar um novo meio de pagar os custos em 2015. O grupo lançou o pedido de apoio em no site de financiamento coletivo (crowdfunding) Catarse, mas quando faltavam oito dias para o encerramento, apenas 50% dos R$ 15 mil solicitados haviam sido arrecadados. Assim, fizeram campanhas de vídeos no YouTube e movimentaram os contatos. Ao final conseguiram R$ 17.661,00. O valor extra garantiu mais três intervenções em janeiro.
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– É um trabalho fantástico. Tanto paciente como artista melhoram. Um no processo de cura, e outro na performance do teatro – explica Greice Miotello.
Todos os 15 artistas envolvidos no projeto são profissionais e estudam para colocar as palhaçadas em prática. Há técnicas de ação feitas nas três horas de intervenção no hospital. Diagnosticam o ambiente e paciente, colocam ideias e jeitos para implantar a alegrias e pedem licença para operar um sorriso, sempre respeitando a vontade das crianças.
– Elas geralmente passam os dias sem poder dizer não para alguém. O médicos, as famílias chegam e precisam cuidar de certas coisas. Nós já mudamos essa situação ao dar a oportunidade de ela escolher a nossa presença ou não no quarto. Claro que brincamos com isso e até revertemos um não em sim – conta Greice.
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O resultado é percebido durante a própria brincadeira, mas o retorno mais significativo chega pelo relato dos funcionários e familiares. Os profissionais do riso lembram que, ao voltar para casa depois de um tratamento, as crianças contam para os amigos as palhaçadas do grupo. Em quatro anos de projeto, atenderam cerca de 60 mil pessoas e esperam atingir mais 4,6 mil até janeiro.
Cada atividade envolve quatro artistas por vez, que são palhaços disfarçados de médicos, usando um jaleco branco. O valor arrecado será gasto nos ensaios, figurinos, cachês, produção das intervenções, recompensas, materiais de cena e na taxa para o Catarse. As ações irão ocorrer pelas próximas 14 segundas-feiras, exceto feriados, sempre no Hospital Infantil de Florianópolis.
O grupo também fez ações em Tubarão, nas Unidades de Pronto Atendimento (Upas) de Florianópolis e na Cisjordânia, onde dois integrantes trabalharam com refugiados palestinos hospital de guerra em 2014.
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Conheça o blog do projeto aqui
Contato do (A)Gentes do Riso: osagentesdoriso@gmail.com