O Teatro Juarez Machado, anexo ao Centreventos Cau Hansen e único espaço público para espetáculos em Joinville, tem agenda cheia. Mas se engana quem pensa que a programação é integralmente mantida por apresentações culturais.

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Desde janeiro, o palco com capacidade para 500 pessoas levou arte ao público em pouco menos da metade dos 44 eventos realizados. Foram 20 espetáculos de dança, música e teatro nestes quase cinco meses. O número ainda é maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando teve apenas 11.

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Como a gestão do espaço é feita pela Fundação Cultural de Joinville, a coordenadora do teatro, Marivete Cardoso, conta que o sistema de agendamento de ocupação acontece duas vezes por ano – o próximo será em agosto – e busca priorizar o setor artístico. Quando há datas vagas, a coordenação preenche com palestras e reuniões das secretarias do município, eventos privados e ensaios de grupos de dança e da Orquestra da Cidade.

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– A pauta é aberta e ocupada por ordem de chegada. Se houver eventos para o mesmo dia, a prioridade é para a cultura. Em alguns casos, os eventos passam por uma comissão de análise – afirma Marivete.

Antecedência preocupa produtores

Para a produtora Diane Maria Rauber, que trouxe os espetáculos Os Improváveis e Deu Branco em janeiro e março deste ano, o que dificulta a utilização do Juarez Machado é justamente a antecedência com que o evento precisa ser confirmado:

– Geralmente alguns espetáculos passam pela região e não consigo fechar a apresentação em Joinville por não haver vagas.

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A programação cultural acaba se dividindo para outros espaços de Joinville, como os teatros do Sesc, da Associação Joinvilense de Teatro, da Sociedade Harmonia-Lyra e da Liga de Sociedades. Quando conta com patrocínio privado, a produtora Albertina Tuma diz que também procura espaços alternativos. Nesta busca, até os shoppings entram na programação:

– Para alguns espetáculos que exigem grande produção, o Juarez Machado fica pequeno.