Nesta quinta-feira, uma reunião realizada pela Administração Municipal decidiu que os ganeses que estão em Criciúma, no Sul do Estado, serão cadastrados na Estação Rodoviária do Município em um mutirão a partir da próxima segunda-feira.
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Na reunião estiveram a Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial de Criciúma (Copirc), a União das Associações de Bairros de Criciúma (UABC), a Secretaria Municipal de Saúde, a Corrente por Gana, a Sociedade Beneficente Mulçumana de Criciúma (SBMC), os Anarquistas Contra o Racismo (ACR), o Pactas, a Associação Afro Renascer e a Cruz Vermelha.
Na terça-feira, 65 ganeses foram encontrados em condições consideradas sub-humanas em uma casa no Bairro Jardim Angélica e com documentação irregular. Nesta quinta-feira, pelo menos outros 10 cidadãos do continente africano chegaram à cidade. De acordo com informações da Prefeitura, além dos ganeses, Criciúma tem recebido haitianos, senegaleses, angolanos e sírios.
A Defesa Civil foi acionada por uma moradora que soube da situação e quis ajudar os africanos, que dividiam apenas três colchões e estavam sem condições básicas de higiene e moradia, em uma casa de cerca de 70 metros quadrados. Na ocasião, a coordenadora da Defesa Civil, Ângela Mello, encaminhou 15 deles, que estavam dormindo ao relento, para a Casa de Passagem São José, no Bairro Pinheirinho.
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A secretária de Assistência Social, Solange Barp, aponta que o Governo está disposto a colaborar em todos os sentidos. Ela diz que a conversa entre entidades foi feita para dar um primeiro caminho nesse momento em que eles estão passando por dificuldades.
A coordenadora de proteção especial da Secretaria Social Mariane Peruchi acredita que pelo menos 200 africanos vivem em Criciúma hoje. Em contato com a Secretaria do Estado, a coordenadora debateu a necessidade de estabelecer políticas para lidar com a chegada dos estrangeiros, que se instalam em grande número em outras regiões do Estado e do país, como São Paulo e Acre.
– Hoje eles fazem o caminho sem passar pelos serviços sociais. Por esse motivo o grupo pensou em realizar esta força tarefa para identificar e cadastrar essa população que se encontra hoje em Criciúma. Tanto os legais, quanto aqueles que ainda estão aguardando a regularização junto à Polícia Federal. A partir deste cadastro, montaremos uma comissão para definir medidas para legalizá-los – informou.
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Doações
Como em Gana faz muito calor, os imigrantes têm sofrido muito com as baixas temperaturas do inverno de Criciúma. Além disso, eles não dispõem de agasalhos o suficiente. Mariane pede que a população colabore com doações.
– Precisamos de doações de agasalhos masculinos, jaquetas, moletons, roupas de lã, meias, cuecas, cobertores, calçados, a maioria de tamanho 42, e kits de higiene pessoal – destacou.
As doações podem ser levadas até a:
Casa de Passagem São José
Rua Giácomo Sônego Neto
ao lado da garagem da empresa Expresso Coletivo Forquilhinha
Bairro Pinheirinho
Criciúma – SC
Telefone: (48) 3437-0572