Autoridades sul-africanas de conservação da natureza anunciaram nesta terça-feira que pretendem reduzir a caça ilegal de rinocerontes em 20% ao ano, reforçando que sua estratégia está funcionando apesar dos níveis recordes de caça furtiva registrados.

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– A guerra contra a caça ilegal ainda não foi vencida, mas podemos reduzir os números… É um processo em evolução – disse o major-general Johan Jooste, que comanda a força-tarefa que combate a caça ilegal no Parque Nacional Kruger.

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O número de rinocerontes mortos este ano para a retirada de seus chifres atingiu, até agora, o recorde de 860, apesar da mobilização do exército e do uso de helicópteros e patrulhas de aviões sem piloto.

Com dois milhões de hectares, o Parque Nacional Kruger, que faz fronteira com Moçambique, foi onde se observou o maior número de animais mortos.

Jooste admitiu que ainda havia matanças diárias, mas disse que “com as crescentes operações de inteligência, visamos a reduzir o número de caças ilegais em 20% ao ano”.

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Ele foi irredutível ao afirmar que sua abordagem está fazendo a diferença.

– Pode parecer que não estamos vencendo, mas estamos fazendo a diferença -disse Jooste.

– A guerra contra a caça ilegal não pode ser vencida apenas em campo, as leis precisam seguir seu curso, assim como a perseguição aos grupos criminosos – afirmou.

Jooste disse que gostaria de ver uma cooperação crescente entre a África do Sul e Moçambique, adotando medidas mais estritas para combater a caça ilegal.

Vivem na África do Sul 80% da população mundial de rinocerontes, estimada em cerca de 25 mil animais.

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Calcula-se que existam no parque Kruger entre 8,5 mil e 9,5 mil rinocerontes, segundo uma contagem feita em 2012.