Poucas horas após o evento com o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff (ambos do PT) para comemorar os 10 anos do Bolsa Família, o provável candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), apresentou projeto de lei que transforma a iniciativa em um programa de Estado.

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Pela proposta, o benefício – bandeira eleitoral do PT – seria incorporado à Lei Orgânica de Assistência Social (Loas).

A iniciativa é uma reação às declarações de Lula de que, se a oposição assumir o comando do país, poderá extinguir o programa. Aécio disse que as famílias cadastradas não podem conviver com o “terrorismo” de sua extinção e com ameaças de quem deseja se “perpetuar no poder”:

– Toda véspera de eleição, há sempre a tentativa de colocar o Bolsa Família como patrimônio de um partido ou de um governo. Não é. A partir da aprovação desse projeto, que espero que ocorra com apoio do PT, queremos transformá-lo em uma política de Estado. Não há mais espaço para manipulação eleitoral.

Aécio negou que seu objetivo seja apropriar-se do carro-chefe da reeleição de Dilma e prometeu mais dois projetos que asseguram aos chefes de família receberem o benefício seis meses depois de conseguirem emprego com carteira assinada e outro que garanta acompanhamento das famílias:

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– Propomos a segurança de que o Bolsa Família não ficará à mercê da vontade deste ou daquele governante.