Os advogados Marilisa Gomes e Henrique Espindola Peixe entraram com um pedido de habeas corpus nesta quarta-feira para que sejam liberadas as visitas de familiares às detentas do presídio feminino da Agronômica, em Florianópolis. Os encontros com as presidiárias foram proibidos por 30 dias desde um princípio de rebelião na última sexta-feira. De acordo com Marilisa, também foi feito um pedido para a ala masculina, que estaria com restrições semelhantes.

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A advogada afirma ainda que as detentas estão com o banho de sol proibido e sem poder receber alimentos das famílias, o que caracterizaria um ato ilegal.

Protesto fecha rua em frente ao Complexo Penitenciário de Florianópolis

Visita é suspensa por 30 dias no Presídio Feminino de Florianópolis

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— É ilegal aplicar ¿castigo coletivo¿ imediato a todas as detentas sem apuração das verdadeiras responsáveis e do respeito ao direto de defesa — diz a advogada, afirmando que o trabalho dos advogados está sendo dificultado com transferências sumárias.

Segundo o Deap, a confusão teve início depois que seis presas do isolamento, o popular zero, protestaram sobre as condições do local. O espaço é uma espécie de batismo para recém chegadas ou para aquelas que recebem castigos. Incomodadas com o forte calor e condições do “banheiro” (chão e aberto), elas jogaram fezes pelas grades. Também atearam fogo em um colchão. A segurança adotou procedimentos e levou as seis para o páteo. Ao ver a cena, supostamente com uso de força, as que estavam nas galerias A e B começaram a bater e gritar, iniciando o motim.