Mesmo sem ter conseguido contato com Morgana dos Santos, 24 anos, presa na Itália desde o começo do mês, a defesa contratada pela família em Santa Catarina afirma que a principal suspeita é que a jovem foi aliciada por traficantes de drogas no Estado.
Continua depois da publicidade
Segundo o advogado Telemaco Marrace de Oliveira, nem ele nem familiares conseguiram qualquer tipo de contato do Brasil com Morgana. Segundo Oliveira, Morgana será assistida no exterior pela defensoria pública da Itália. O advogado diz que a família pediu privacidade no caso e sigilo nas informações a fim de evitar pré julgamentos.
— A minha experiência diz que ela foi alvo de aliciamento para o tráfico de drogas. Digo isso também pela grande quantidade de pessoas moradoras de Santa Catarina que estão sendo presas por esse motivo na Europa — afirmou o advogado.
Oliveira relatou que familiares estão muito abalados e assustados com a notícia. Antes da confirmação da prisão de Morgana, um irmão havia registrado boletim de ocorrência sobre o desaparecimento dela, que morava em Itapema há quatro meses.
Continua depois da publicidade
Uma outra suspeita do advogado é que Morgana esteja presa há 45 dias na Itália e não desde o dia 5 deste mês, conforme informou a polícia aos familiares — Morgana estava há mais de 30 dias sem fazer contato com os parentes. O irmão dela, Oscar Pereira Kaio, disse à reportagem que até agora nenhum familiar conseguiu conversar com ela ou ter mais detalhes dos motivos da prisão.
A Polícia Federal em Santa Catarina informou que segue sem informações sobre o caso. A reportagem fez contato por telefone nesta terça-feira com o Itamaraty, em Brasília, mas ainda não obteve retorno sobre a situação da catarinense na Itália.
Conforme informou a Polícia Civil na semana passada com base em informações da PF, Morgana seria uma mula do tráfico e foi presa com cocaína no dia 5 de junho ao desembarcar do avião em Milão. A quantidade da droga que estava com a jovem não foi divulgada.
Continua depois da publicidade