Após elucidar o caso da morte do professor Elvis Oliveira, de Urussanga, o delegado de Polícia Civil André Milanese tem recebido críticas nas redes sociais. Isso porque muitas pessoas não concordam com o resultado da investigação, que baseada em evidências, depoimentos e câmeras de segurança, concluiu que o rapaz foi espontaneamente até o local do crime, e que teria pedido para ser morto. Em apoio à atuação do coordenador da Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Criciúma, a Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina (ADEPOL/SC) emitiu uma nota.
Continua depois da publicidade
Polícia investiga morte de professor encontrado em Criciúma, no Sul do Estado
No documento assinado pelo presidente da Associação, Ulisses Gabriel, os delegados expressam “total apoio e solidariedade” ao colega. O comunicado explica que “as técnicas científicas de investigação são baseadas em ciência e as críticas apresentadas na rede social acerca da versão do crime são totalmente descabidas e absurdas, já que não possuem qualquer amparo, sendo importante frisar que as versões de crimes não dependem da vontade de ninguém, já que buscam reproduzir a verdade dos fatos, não sendo possível que uma versão seja apresentada para agradar ou desagradar pessoas”.
Continua depois da publicidade
Nos comentários, algumas pessoas destacaram os perigos da depressão que pode levar a pessoa a medidas extremas, concordaram com a resolução do caso e desejaram força à família. A maioria, porém, não acreditou na história: “Sei… Faltou um nariz de palhaço em quem acreditou”, “História pra boi dormir, no mínimo estranha”, “Só nossos investigadores mesmo. Alguém se safou nessa. A polícia poderia ter inventado uma desculpa melhor”, escreveram os internautas.
Eles também colocaram em dúvida o trabalho da polícia, com comentários como “Vocês vão acreditar no que bandido fala? Isso é o fim da picada mesmo”, “Coitado, foi morto e ainda estão botando a culpa nele. Ninguém vai acreditar nisso, isso tem q ser melhor investigado”, ou, ainda, “o problema acontece no planeta todo, as autoridades e os traficantes sempre tiveram uma ligação, pois, se todos sabem onde ficam os pontos de vendas de drogas, porque ninguém é preso ou acabam esses pontos?”, entre outros comentários.
Leia mais notícias sobre polícia
A associação ressalta a competência de Milanese nas questões jurídicas, ao longo dos doze anos em que atua como delegado, e ressalta que o profissional “é um profundo conhecedor de técnicas de investigação, sendo responsável pela condução de ações que culminaram com a prisão de diversas organizações criminosas”.
Ao final da nota, a diretoria da associação lamenta as críticas ao delegado e refuta as declarações criminosas e anti-democráticas apresentadas contra ele. Segundo o documento, os atos que forem considerados injuriosos e difamatórios serão devidamente apurados.
Continua depois da publicidade
Confira a íntegra do documento