O delegado de Araquari, Rodrigo Aquino Gomes, espera concluir nesta sexta e encaminhar para o Fórum o inquérito policial sobre a morte do taxista Miguel Ramos Martins, de 51 anos, assassinado a facadas no dia 3 de março. Na quinta-feira, Gomes recebeu o laudo cadavérico e confirmou que a morte foi decorrente de 25 golpes de faca.

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O delegado aguarda agora pelo envio do último laudo, o de exame de local de delito, que indicará os detalhes do crime, a posição em que o corpo foi encontrado, os objetos que estavam no interior do carro, entre outros. Isso deve ocorrer ainda nesta sexta. Mesmo sem esse parecer, Gomes adiantou que os acusados – Damião da Silva Santos Lago, 23; Daniela da Silva Santos Lago, 21; e Camila Alves da Veiga, 22 – possivelmente serão enquadrados pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

Caso o laudo traga uma informação totalmente nova, o enquadramento poderá ser modificado.

O delegado informou que uma quarta pessoa pode estar envolvida no crime do taxista. Trata-se de uma adolescente de 16 anos, que até o momento não foi acusada, mas pode responder pelo crime em um processo à parte. Isto porque ela não tem maioridade e, neste caso, responderia por auto de apuração de ato infracional, podendo ser conduzida para um internato provisório.

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Na terça-feira, a jovem prestou depoimento para o delegado e ratificou a versão dada pelas outras duas mulheres que participaram do crime – a de que Camila teria desferido as facadas contra o taxista. O problema é que no dia da prisão, em 12 de março, Damião confessou o assassinato. Na opinião do delegado, a mudança da versão é no mínimo contraditória.

Explicações contraditórias

– Tem muita coisa que não está batendo. Uma mulher não conseguiria atacar a vítima sozinha e desferir 25 facadas. Outra pessoa teve participação direta, isso está claro para mim – afirmou.

A tese de latrocínio ganha força porque o GPS do táxi foi encontrado na casa de uma das mulheres acusadas. Além disso, no primeiro depoimento, uma das justificativas apresentadas pelos acusados é de que a falta de troco para uma nota de R$ 100 motivou o crime.

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