Marcelo Buss Bernardes, acusado de matar o enteado Ítalo Fernandes de Mattos, de um ano e sete meses, deve ir a júri popular por homicídio doloso qualificado (quanto há a intenção de matar e o crime é praticado contra uma vítima indefesa), em Joinville. A decisão foi anunciada nesta terça-feira pela juíza da 1ª Vara Criminal, Karen Francis Schubert Reimer.

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Na pronúncia, a juíza também negou um novo pedido de revogação da prisão preventiva e reforçou que o réu deverá aguardar o julgamento no Presídio Regional de Joinville, onde permanece detido desde a morte do menino, no último dia 10 de março. De acordo com a juíza, a defesa tem prazo de 10 dias para recorrer contra a decisão que determina que o caso vá a júri popular.

Na alegações finais, a promotoria ressaltou o depoimento de profissionais que atenderam o menino no Pronto Atendimento e no Hospital Infantil, assim como o depoimento de funcionários da funerária.

Além disso, a acusação reforçou que a autópsia e o laudo da reconstituição do crime comprovam que as lesões apresentadas por Ítalo seriam incompatíveis com a versão do acusado, de que o menino teria sido vítima de uma queda acidental.

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Já a defesa apresentou um contra-laudo, dizendo que algumas das lesões aparentavam ser anteriores a data da morte e, por isso, não compatíveis com uma única queda. A juíza considera que as duas versões deverão ser expostas ao júri, que ainda não tem data marcada.