Mobilização dos mineiros durou quase um mês até a reunião que deu origem ao acordo
Mobilização dos mineiros durou quase um mês até a reunião que deu origem ao acordo (Foto: Sindicato dos Trabalhadores / Divulgação)

Depois de quase um mês de paralisação e mobilizações, os trabalhadores da Cooperativa de Extração de Carvão Mineral dos Trabalhadores de Criciúma (Cooperminas) irão retomar as atividades normalmente. Um acordo com mineradoras da região e o Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc) vai encaminhar a venda das três mil toneladas de carvão mineral que estão estocadas na cooperativa.

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A notícia foi bem-vinda pelos 525 funcionários da Cooperminas, que estavam com o futuro incerto. Eles conseguiram receber uma das folhas atrasadas e irão retornar ás atividades. Nas últimas semanas, a cooperativa funcionou em menor ritmo, pois estava sem capital para comprar alguns insumos. Com o acordo fechado, a venda do carvão passa a ser negociada com a administração da Cooperminas com cada uma das empresas interessadas.

O diretor executivo do Siecesc, Márcio Cabral, explicou que o acordo está mantido até que o Ministério Público do trabalho retorne do recesso de final de ano. A intenção é voltar a conversar com a Engie, que deixou de comprar carvão da Cooperminas no final do ano passado. O sindicato da indústria quer buscar um novo acordo junto ao MPT, para que a principal compradora de carvão mineral da região volte a negociar com a cooperativa.

O presidente do Sindicato dos Mineiros de Criciúma, Djonatan Elias, considerou uma vitória o avanço das conversas com as mineradoras da região. Ele disse que as empresas foram sensíveis ao apelo da cooperativa, para que ela se mantenha aberta e atuante no mercado.

— O problema não foi resolvido, mas o objetivo foi alcançado na questão de sensibilizar as mineradoras que estavam arredias em sentar e conversar com os trabalhadores. Fomos vitoriosos, conseguimos mostrar a importância dos trabalhadores da Cooperminas — comenta Elias.

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