Sobre o despertar da caminhabilidade em Blumenau, com ações em prol do pedestre no Centro, o coordenador da Comissão de Mobilidade Urbana da OAB Blumenau, Christian Marlon Panini Carvalho, acredita que as ações são de grande valia, mas ainda insuficientes para garantir a mobilidade na zona central de uma cidade com cerca de 330 mil habitantes:

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– Acredito que beneficiar a utilização da cidade para o pedestre é a melhor alternativa. É preciso ofertar transporte coletivo de qualidade para que as pessoas repensem o uso do carro e mudem esta cultura impregnada de que o carro é liberdade. Na verdade liberdade é não depender dele – ressalta.

Para o secretário de Planejamento Urbano de Blumenau, Juliano Gonçalves, a cidade está amadurecendo para os conceitos de acessibilidade:

– Acho que o grande ponto a ser destacado disso tudo é o conceito de cidade. Alguns anos atrás uma coisa que Blumenau se orgulhava muito era de ter um automóvel para cada morador. Era um exemplo da pujança, da questão econômica. Chega um momento que evidentemente outros modais de transporte precisam ser priorizados e isso ocorre aos poucos, em parceria com a sociedade.

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Para Carvalho, a mobilidade não depende apenas do poder público, mas se faz com a colaboração dos moradores. Ele salienta que é preciso ampliar o acesso da população em outros pontos de Blumenau:

– O que traz vida para a cidade são as pessoas. Lugares não habitados ou exclusivamente residenciais ganham vida quando revitalizados e usados pela população. Se isso não ocorre, eles se tornam decadentes e perigosos – afirma, ao citar a importância de se pensar também em ações no bairros.

Segundo o secretário Juliano Gonçalves há obras em prol da mobilidade e da caminhabilidade em execução também na região Norte. Desde o ano passado, a prefeitura implanta ciclovias nas ruas Ari Barroso, Frederico Jensen e Jacob Ineichen, na Itoupavazinha, passeio compartilhado na Rua Guilherme Scharf, e de ciclofaixa na Rua Gustavo Zimmermann, na Itoupava Central.