Com todo o aparato de inteligência à disposição da Segurança Pública, o governo afirma que está preparado. Polícias Militar e Civil estão de prontidão e a vigilância é total nas unidades prisionais e nos centros socioeducativos para adolescentes do Estado, como provaram as operações pente-fino realizadas na quinta-feira nas penitenciárias de São Pedro de Alcântara e de Chapecó. Tudo porque este domingo, 3 de março, seria a data inicial para a segunda onda de atentados, antecipada para 30 de janeiro. A data marca o aniversário de 10 anos de criação do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção criminosa por trás dos ataques.

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Cerca de 40 detentos são monitorados diariamente nas cadeias, pois poderiam ocupar o controle da organização, antes nas mãos dos 40 líderes removidos para Mossoró (RN) e Porto Velho (RO) nas últimas semanas. E a possibilidade de mais presos serem transferidos para penitenciárias federais é confirmada pelo coronel Nazareno Marcineiro, comandante da Polícia Militar, que prefere não citar nomes.

Mas para evitar contratempos pela terceira vez, o governo se mobilizou. O Departamento de Administração Prisional (Deap) montou uma grande operação para evitar motins. As 49 unidades prisionais existente no Estado são monitoradas. Nas de São Pedro de Alcântara, Florianópolis, Joinville, Criciúma, Itajaí e Blumenau a atenção foi potencializada. Elas estão entre as maiores do Estado, têm células do PGC e ficam em cidades onde foram registrados grande parte dos ataques na segunda onda de violência.

O esforço não é restrito às cadeias. Nos centros para adolescentes infratores também houve aumento da segurança para impedir rebeliões, porque a organização criminosa costuma aliciar jovens menores de 18 anos. Nos atentados de janeiro e fevereiro, 29 pessoas com este perfil foram apreendidas por ter alguma relação com os atos criminosos.

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As polícias Civil e Militar também se prepararam para uma resposta rápida em caso de atentados do PGC. A estratégia é repetir as medidas nos dias de crise, com utilização do mesmo aparato utilizado.