Abordagem malsucedida teria ocasionado morte de PM em Joinville

O cabo da Polícia Militar, Alexandre Mauro Padilha, de 41 anos, que morreu após dez dias internado no Hospital Municipal São José, foi sepultado na tarde desta quarta-feira, no Cemitério Parque Jardim das Flores, em Joinville. Familiares, amigos e policiais militares se despediram do PM durante o velório que ocorreu na capela do cemitério.

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Amigos lamentaram pela morte do policial que tinha 21 anos de corporação. Os familiares, muito abalados, preferiram não se manifestar.

Alexandre foi vítima de dois disparos de arma de fogo na madrugada do dia 5 de dezembro, no bairro Adhemar Garcia, na zona Sul. Ele foi internado em estado gravíssimo e não resistiu aos ferimentos. O suspeito de efetuar os disparos é um adolescente de 16 anos que foi preso três dias depois.

O garoto já havia respondido à medidas socioeducativas por por porte ilegal de arma, receptação e crimes de trânsito. De acordo com a Polícia Civil, ele é investigado por possível envolvimento em outros atos infracionais e é suspeito de ser integrante de uma facção criminosa.

Em depoimento, o rapaz confessou que atirou no policial militar, mas negou que tenha envolvimento com facções. De acordo com o depoimento dele e de uma testemunha, o cabo da PM teria abordado o adolescente no lado de fora de um bar, por volta de 2h30. A testemunha relatou que viu o PM apontando uma pistola na direção do garoto. O policial não vestia a farda naquela noite, pois estava de folga.

Segundo o adolescente, o PM o abordou com uma arma, mas esqueceu de revistá-lo. Após o policial recolher a arma, o adolescente relatou que teve a chance de sacar o revólver 38 que carregava na cintura e atirar contra o PM. Os disparos atingiram o policial pela nuca.

A investigação já foi concluída e encaminhada ao Poder Judiciário. O Ministério Público ainda aguarda o laudo cadavérico do Instituto Geral de Perícias para confirmar formalmente a morte e entrar com representação contra o adolescente por homicídio. O garoto está internado no Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep) de Joinville.