O jornal Clarín, opositor do governo da presidente argentina Cristina Kirchner, dá destaque nesta quarta-feira, em seu site, às palavras do serralheiro que abriu o apartamento onde foi encontrado morto, no domingo, o promotor Alberto Nisman. O promotor acusou a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, de acobertar o Irã no caso do atentado de 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia).

Continua depois da publicidade

– A porta de serviço estava aberta – disse o serralheiro, identificado somente como Walter e cujo serviço foi pago pela mãe de Nisman.

Walter revelou as informações ao ser chamado para depor. Depois, complementou os dados a jornalistas.

– Qualquer um poderia ter aberto a porta. Levei dois minutos, correu o trinco e abriu – afirmou.

Morte de procurador “não tem nada de normal”, diz Presidência da Argentina

Continua depois da publicidade

Leia as últimas notícias de Zero Hora

Os resultados preliminares da necropsia feita no corpo do promotor apontam para a hipótese de suicídio. Ele foi encontrado morto em seu apartamento, no bairro nobre de Puerto Madero, com um disparo na têmpora direita.

Já Cristina e o Clarín brigam há anos. A presidente conseguiu que fosse aprovada, em 2013, a chamada Ley de Medios, defendendo que a norma combate monopólios da comunicação no país. O Clarín rebate que a lei restringe a liberdade de imprensa.

* Zero Hora