Aos 34 anos, o atacante Schwenck marcou dois gols na partida contra o Avaí no sábado, um deles o que coroou o Marcílio Dias. Num cruzamento aos 40 minutos do segundo tempo, o jogador conseguiu cabecear, balançar a rede e fazer a torcida ir ao delírio.

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Ele falou ao Sol Diário sobre a emoção do jogo e sobre como o apoio da torcida foi importante.

Você jogou no Figueirense, ganhar do Avaí tem um gostinho especial?

Schwenck – É um grande time, a gente sabia que ia ser um jogo muito difícil. É uma das equipes grandes do campeonato e sempre que você ganha das equipes grandes tem um sabor especial. Então é uma vitória importante.

A equipe imaginava que o jogo seria tão dramático para o Marcílio?

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Schwenck – A gente pensou que ia conseguir a vitória, mas não assim. Até porque fizemos um grande jogo em Chapecó e esperávamos repetir a atuação que tivemos lá. Nosso primeiro tempo foi muito ruim, mas no segundo tempo a gente conseguiu fazer os gols que nos deram a vitória.

Você foi revelado pelo Nova Iguaçu, em 1993, e dez anos mais tarde participa dessa virada histórica para o Marcílio. O que você tem a dizer a quem diz que você está velho para o futebol?

Schwenck – Acho que a idade faz com que a gente tenha mais a ganhar. Você pode ver o próprio Paulo Baier hoje, em Criciúma, é um exemplo para vários aletas que estão nessa faixa etária dos 35 anos e que ainda têm muita lenha para queimar. A gente conta com a experiência, com bastante trabalho, bastante competência para que possa fazer um grande campeonato.

Você é apontado como o segundo maior nome da partida, porque foi o responsável pela possibilidade de virada após a defesa do Rodolpho. Qual a sensação neste momento? Em que momento você viu que daria pra ganhar?

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Schwenck – Depois do pênalti perdido pelo Betinho, com certeza o time ganhou uma confiança a mais, ganhou um astral porque estava desanimado. Logo em seguida o gol saiu, que deu mais moral para nossa equipe, e a gente tem que agradecer muito ao nosso torcedor. Mesmo perdendo de dois a zero, ele não deixou de acreditar.

O que fez a diferença para a virada, foi a torcida que contribuiu, sorte, talento, espírito de equipe?

Schwenck – Foi o conjunto. Desde a defesa do Rodolpho, ao apoio do torcedor. Todo mundo cresceu no jogo, tanto a torcida quanto a equipe, e proporcionou a virada.

Aquele gol de cabeça foi calculado, dá pra fazer outro igual?

Schwenck – Aquele gol ali foi uma jogada semelhante a que eu fiz em Chapecó. Fiquei dois passos para trás para que o zagueiro pudesse ir e eu voltar. Em Chapecó, eu consegui passar a bola por cima e aqui, graças a Deus, ela entrou.

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Sua esposa está fazendo aniversário, a vitória é dedicada para ela?

Schwenck – Eu estava até brincando que quando eu estreei no Criciúma era aniversário dela e consegui fazer dois gols. Graças a Deus consegui dar esse presente para ela.