A tradicional ave e as frutas secas podem se tornar coadjuvantes nas ceias de Natal neste ano. A crise econômica e o aumento dos preços desses produtos fazem com que muitos segurem os gastos e diminuam as compras no carrinho. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas apontou que neste Natal a ceia deve ficar, em média, 10,19% mais salgada do que em 2015 para os brasileiros. Mas com um pouco de criatividade, aposta em produtos alternativos e muita pesquisa dá para garantir um jantar à altura da data, garantem os especialistas.
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Para o consultor financeiro Crisanto Soares Ribeiro a receita de uma ceia mais barata tem um ingrediente que não pode faltar: comparação de preços.
— Tem levantamentos que mostram diferenças de até 40% de um local para outro. Pesquisar é fundamental, não só nesta época, mas é um hábito que brasileiro tem de retomar.
Dar preferência para produtos nacionais também pode ser uma alternativa para baratear os custos. E esqueça a ideia de comprar tudo em grandes quantidades. Para o especialista o ideal é comprar somente o que é necessário:
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— É melhor comprar na quantidade adequada para evitar desperdício, porque com a sobra não aproveitada a ceia pode ficar proporcionalmente mais cara _ reforça.
A chef e professora do curso de Gastronomia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Rosana Arruda Cruz, cita algumas dicas de produtos que podem ser substituídos sem perder a qualidade. Para ela, a carne suína, mais barata que as aves de Natal, pode entrar em cena, na forma de lombo ou pernil, por exemplo. Já as nozes e amêndoas podem dar lugar para a castanha de caju ou do pará. No salpicão em vez de usar frango defumado, que está mais caro, dá para usar frango comum e incrementar com maçã, por exemplo.
— Tendo criatividade dá para fazer uma ceia gostosa e mais em conta — reforça a chef.
Fazer uma lista com o que é indispensável na ceia da família é outra medida importante, garante a chef de cozinha e professora da Faculdade Senac de Blumenau, Juliet Langaro. Sabendo o que não pode faltar e o que pode ser trocado fica mais fácil encontrar as opções mais econômicas.
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Fonte: Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor ( Idec), Associação Brasileira de Defesa do Consumidor ( Proteste) e Bruno Ivanoff, professor do curso de Gastronomia do Senac
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