Willy Zumblick nasceu em Tubarão em 26 de setembro de 1913. A família nunca teve envolvimento com o mundo artístico, mas Zumblick já se destacava nas aulas de desenho e pintura.

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O trabalho do artista começou ainda na adolescência, quando desenhava cartazes que anunciavam a programação de cinema. Sem nunca ter frequentado escola de artes, ele demonstrou uma capacidade ímpar de traduzir os fatos históricos, a religiosidade e a cultura de Santa Catarina para o universo da pintura.

A única contribuição que o pintor recebeu foram os ensinamentos do artista alemão Frederico Guilherme Lobe, da Escola Alemã de Belas Artes de Porto Alegre, com quem Zumblick atuou por quatro anos como auxiliar.

Conforme o livro “A Arte de Zumblick”(152 páginas, disponível para compra no site www.zumblick.com.br), estima-se que apenas 80 criações estejam disponíveis e acessíveis ao público, todas expostas no Museu Willy Zumblick.

Inaugurado em setembro de 2001, mesmo ano em que o artista deixou os pincéis e espátulas, por recomendações médicas, aos 87 anos, devido à toxicidade das tintas que lhe afetava a saúde. A pujança proporcionou 75 anos de dedicação à arte e um verdadeiro legado histórico para os brasileiros.

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O estilo característico das obras de Zumblick é a abrangência cultural desenhada por seus pincéis. Do naturalismo ao expressionismo, o retrato do dia a dia de pescadores e moradores, alegoria, caricatura, frade, festa popular, Anita Garibaldi, paisagens, retratos, autorretrato e a paixão pela religiosidade, como as Bandeiras do Divino.

Entre suas fases, essencialmente, foi um dos poucos artistas dedicados a contar a história da Guerra do Contestado, conflito entre militares e sertanejos pela disputa de terras de Santa Catarina e Paraná, motivada pela construção da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande.

– É um dos artistas de grande importância catarinense. A obra da biblioteca de Joinville é muito significativa -, comenta Marina Mosimann, atual diretora do Instituto Luiz Henrique Schwanke e marchande. Ela explica que o artista vivia fases e tinha um lado temático, o que justifica sua diversidade de pinturas.

Foram mais de 70 exposições montadas, entre individuais e coletivas, de 1939 a 2000. Em Joinville, Zumblick expôs três vezes, em 1944, 1946 e 1956.

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Paralelamente ao vaivém dos pincéis, Zumblick mantinha a relojoaria e ótica herdada de seu pai em 1902. Casado com Célia desde 1937, o artista teve cinco filhos e faleceu em 3 de abril de 2008, aos 95 anos. Tempo suficiente para presentear a população com um legado incomparável. Para conhecer mais acesse: www.zumblick.com.br.

Conheça uma das obras de Willy Zumblick na Biblioteca Pública de Joinville