O futuro da Grécia estará em jogo hoje na reunião de ministros de Finanças dos 17 países da zona do euro. Eles decidem se darão ou não sinal verde para um empréstimo de 130 bilhões de euros. Primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos surpreendeu ao viajar ontem a Bruxelas, local do encontro.

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No fim de semana, o gabinete de seu governo aprovou um novo pacote com reduções de salários, de pensões e reforma do setor de saúde. Para entrar em vigor, as medidas precisam ser votadas pelo Parlamento, o que está previsto para quarta-feira. Caso a ajuda não seja aprovada, a Grécia pode suspender o pagamento da dívida, já que no dia 20 de março o país terá de pagar uma parcela de 14,5 bilhões de euros.

Ontem, a ministra de Finanças da Áustria, Maria Fekter, disse que os integrantes da zona do euro devem concordar com o segundo pacote de ajuda, desde que a Grécia aceite todas as condições impostas. A alternativa a um novo pacote – a saída da zona do euro – custaria “muito”, alertou Fekter, dizendo que seria mais difícil dominar a dívida grega com a volta da moeda do país, o dracma.

Na semana passada, o Parlamento aprovou um plano de reforma, em meio a protestos que levaram a saques e prédios incendiados. Partidos da coalizão do governo grego garantiram que quem vencer as eleições em abril implantará o ajuste. E o governo informou como serão feitos cortes extras de 325 milhões de euros.

Os ministros também precisam aprovar o plano de redução da dívida grega, de cerca de 350 bilhões de euros (cerca de 160% de seu Produto Interno Bruto), com perdão de 100 bilhões de euros de um total de 200 bilhões por parte dos credores privados. Eles devem receber papéis cujo valor se reduzirá à metade, com participação do Fundo de Estabilidade europeu.

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