Todo Carnaval é marcado por um sucesso musical que embala os foliões. Quem não lembra do hit de 2017, que foi “Lepo Lepo”, do cantor Psirico? Não teve quem não balbuciou em 2018 algum trecho de “Envolvimento”, viral que explodiu um mês antes da festa de rua e se tornou o maior trunfo de MC Loma.
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Neste ano é de Léo Santana o hit de sucesso que vai animar os bloquinhos e as tradicionais festas de Carnaval. “Zona de Perigo” abusa da segunda voz no refrão chiclete e rima ladinho com neném. Além da letra fácil de decorar e da melodia pegajosa, o hit de Léo Santana conseguiu emplacar uma dancinha viral.
Esses três itens citados são alguns dos componentes apontados pelo produtor musical Felipe Pessoa como indispensáveis para formar um sucesso nas métricas atuais.
— Elas [as músicas que bombam] tem mais de uma coisa em comum: refrão curto, melodia simples e dancinha para as redes — explica Pessoa.
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No caso de “Zona de Perigo”, diz Pessoa, o refrão curto e bem fácil de decorar se soma a uma melodia formada apenas por três notas. No resto da música, apenas mais uma nota se junta às demais, o que torna o hit de mais fácil “digestão”.
Outros sucessos do momento são “Ai papai” de Anitta, MC Danny e Hitmaker e “Roça em Mim” de Zé Felipe, Luan Pereira e Ana Castela.
O produtor e músico Luiz Zago diz que em comum essas músicas têm uma sexualização mais explícita do que as marchinhas do passado.
— O Carnaval desde antigamente tinha músicas que faziam brincadeiras de duplo sentido. […] O que eu vejo hoje de fenômeno na música popular é que não tem mais isso: as coisas são explícitas — exemplifica Zago.
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Outra tendência é de músicas cada vez mais curtas. O hit do Carnaval de 2023 tem 2min22seg, métrica de quase todas as melodias atuais.
— As pessoas estão hipersensibilizadas e hiperconectadas com muitos estímulos, então as pessoas cada vez mais se prendem menos. Você precisa fazer coisas mais curtas para as pessoas prenderem a´atenção — completa o músico.
Veja vídeo do NSC Total sobre como os hits são pensados
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