Nesta sexta-feira à noite, a plateia da Sociedade Harmonia Lyra vai encontrar uma questionadora Zélia Duncan no palco, que, com sua voz com um fundinho de rouquidão, fará perguntas que só os anos de experiência podem resolver. Elas estão na canção “Pelo Sabor do Gesto”, que dá nome ao show que a cantora lançou ano passado, para comemorar os 30 anos em que esteve diante de uma plateia pela primeira vez.
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Zélia tinha 16 anos e, agora, aos 47, pode responder às questões filosóficas de sua própria composição ao olhar para a trajetória construída nessas décadas de dedicação à música.
Quanto à plateia de Joinville, encontrará uma mulher ainda mais madura do que aquela que esteve na cidade em 2008, com pleno domínio do palco em um espetáculo pensado especialmente para a festa de aniversário da carreira de Zélia.
O show “Pelo Sabor do Gesto – Em Cena” tem início previsto para as 21h30 – a abertura da casa será às 20h30. Zélia vem a Joinville para comemorar outro aniversário: o da rádio Itapema FM, que completa nove anos. A produção é da Heat Eventos.
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Serviço:
O QUÊ: show “Pelo Sabor do Gesto – Em Cena”, de Zélia Duncan.
QUANDO: hoje, às 21h30. A casa abre às 20h30.
ONDE: Sociedade Harmonia-Lyra, na rua Quinze de Novembro, 485, Joinville.
QUANTO: Cadeira Vip a R$ 120, cadeira normal a R$ 60 (inteira), R$ 30 (meia entrada para estudantes, idosos e deficientes físicos) e R$ 39 (Clube do Assinante Jornal A Notícia, Assinante Net e professor), camarotes a R$ 480, à venda no Biergarten Chopp e Cozinha e no www.ticketcenter.com.br.
Confira uma entrevista com a cantora:
O show do álbum “Pelo Sabor do Gesto” é em comemoração aos seus 30 anos de carreira – que em 2012 chegaram a 31. É muito tempo, mas, em compensação, você começou bem jovem. Quando olha para o passado, como você encara essa trajetória?
Zélia Duncan – (Risos) Até eu me assusto, passa como um raio! Sim, comecei com 16 anos e canto desde então. O caminho é bem mais importante e significativo do que qualquer chegada. Me sinto assim, caminhando e colhendo alguns frutos, enquanto continuo plantando e aprendendo. Por isso sobrevivi.
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Sobre o repertório, a crítica tem considerado este um álbum mais sensível e romântico. Você diria que a maturidade tem transformado sua forma de compor e selecionar canções?
Zélia – Espero que eu esteja sempre em transformação, mas confesso que não sei analisar esse momento como mais romântico, talvez mais suave, mas não menos curioso, sabe? Eu me sinto curiosa, procuro sempre um frescor e acho que tenho conseguido trazer novos ares pra minha vida profissional. Mas esse desejo nunca termina, me arrisco bastante e aprendi a viver assim.
Como ocorreu a incorporação de canções do Roberto Carlos ao repertório? E outras “sacadas”, como o texto de Luiz Tatit e o poema de Fernando Pessoa?
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Zélia – Eu e minha super diretora, Ana Beatriz Nogueira, discutindo roteiro, carreira, 50 anos do rei, tudo junto, do jeito que eu adoro. A poesia sempre esteve em minha vida também, é bastante natural pra mim.
Pois é, o show tem direção cênica da atriz Ana Beatriz Nogueira e, com isso, a avaliação também é de que você parece mais “solta”, mais à vontade no palco. Como foi essa colaboração com a Ana? O quanto isso te ajudou na marcação de palco?
Zélia – Agora sim, maturidade, até pra escolher quem vai estar comigo nessa parte do caminho. Ana é uma amiga de muitos anos e uma artista a quem admiro profundamente. Ela não forçou nada, acendeu luzes e mostrou lugares confortáveis pra estar no palco e dizer o que eu queria dizer. O resultado foi muito feliz, quero crer! E está tudo ali no DVD.
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Já nos adiantaram que muito do seu repertório é decidido no dia. Essa é uma prática que você prefere no show?
Zélia – Eu tenho uma espinha do show, que é “Pelo Sabor do Gesto”. Como não vou a Joinville faz tempo, (infelizmente!), vou puxar algumas de outros álbuns também, mas antes quero sentir a vibe da cidade, que aliás, adoro!