Quando sai um novo Zelda, é um rebuliço no mundo dos games. E com Tears of the Kingdom não podia ser diferente. Quando ele saiu, eu estava de férias, em 12 de maio. Apesar de jurar para você que não peguei a folga por causa do jogo, digo que aproveitei o título o quanto pude.
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Muito já foi dito sobre o novo título e pensei em trazer aqui as minhas primeiras impressões, com 50 horas de jogo, com uma curiosidade que eu mesma tive. Será que Tears of the Kingdom conseguirá superar Breath of the Wild? Para mim, como fã da série desde Ocarina of Time, digo que a resposta tem sido positiva.

Tem algo, porém, que a gente tem que botar na mesa. Assim como eu, você jogador também já deve ter ganhado mais experiência em jogos de ação e RPG em mundo aberto desde Breath of the Wild. Algumas situações que me incomodaram neste jogo agora não são um entrave em Tears of the Kingdom.
Por exemplo, achava que o mundo de Breath of the Wild era muito grande e um pouco vazio demais. Neste novo jogo, não tenho achado isso. A minha impressão é de um mundo com mais personagens e coisas para fazer.
Pode ser que isso seja por conta de eu ter mais experiência com jogos assim, de saber que não preciso levantar cada pedra, mas posso explorar o mapa com mais objetividade. Contudo, realmente tenho a impressão de que há mais personagens por aí. Apesar de que acho que o mapa é ainda maior, já que há a área do céu agora para explorar (além de uma outra, que não vou comentar caso você não tenha jogado ainda).
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Algo que achei que melhorou foi a parte dos koroks, aquelas criaturas da floresta que dão sementes ao Link, que depois ele pode trocar por mais espaço no inventário. Agora muitos deles têm uma tarefa divertida, de levar um deles, que está com uma mochila tão pesada que não consegue andar, até o amigo. E você ganha duas sementes, em vez de uma. A tarefa é divertida porque faz com que você percorra um caminho que talvez não fizesse e conheça mais uma parte do mapa.
Mas a principal mudança no jogo para mim são as runas. No Breath of the Wild, eram quatro, além da câmera: a bomba, o gelo, o ímã e a estase. Agora elas não existem mais.
No lugar, estão novos poderes. Não quero dar spoilers, mas eles mudam o jogo completamente e trazem muita criatividade. Inclusive para mim, que usava a bomba toda hora, para poupar armas, que quebram. Aliás, essa característica continua. Nunca me incomodou, mas agora que não tenho mais minha runa favorita, estou usando bem mais o arco e flecha e outro poder do Link que permite que a gente mesmo faça nossas próprias armas.

Outra impressão é que achei o jogo mais difícil. Estou morrendo bem mais. Agora há um incentivo maior para mim para derrotar inimigos, para pegar armas e partes deles, já que não posso mais usar a runa da bomba.
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Também achei mais difícil juntar dinheiro. Outra coisa que eu usei muito em Breath of the Wild para me virar pelo mundo do jogo foram as roupas. E sem dinheiro fica difícil adquirir um conjunto logo de cara, além de pagar as fadas para melhorá-las. Aliás, até agora não fiz nenhuma melhoria nas roupas no novo game.
Nestas primeiras 50 horas, digo que sim, Tears of the Kingdom é melhor do que Breath of the Wild. Por melhorar e povoar mais o mapa, inclusive com um inimigo antigão, chefe do primeiro Zelda, de 1986; variar ainda mais as tarefas que você faz para conseguir as sementes dos koroks; dar novos poderes, em vez das runas. Aliás, os quebra-cabeças do jogo também estão mais difíceis, graças a essas novidades, que trazem possibilidades que parecem infinitas.
Este ano, os jogadores foram e serão ainda presenteados com muitos jogos legais. Eu ainda quero dar mais uma olhada no Hogwarts Legacy e Starfield e Baldur’s Gate 3 estão chegando aí. Mas, sinceramente, não tenho interesse nenhum de deixar Hyrule. Só andar pelo mapa e descobrir as infinitas possibilidades é um prazer enorme que nenhuma outra série me dá.
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