Neste domingo, dia 8, a região sul da Ilha de Santa Catarina iniciou oficialmente seu Carnaval, com a sexagésima edição da Festa do Zé Pereira Joga na Água. As comemorações, que duram o dia inteiro, tiveram seu pico por volta das 16h da tarde, quando cerca de 40 mil foliões enchiam as ruas do Ribeirão da Ilha.

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A principal mudança prevista para a edição de 2015 foi a localização do palco em uma parte diferente da praia em relação aos anos anteriores devido à maré cheia, mas na prática o que surpreendeu foi a extensão pela qual a festa acabou se espalhando: dois quilômetros a mais foram ocupados pelos entusiastas do Carnaval adiantado.

Para manter a segurança de toda essa gente a operação da Polícia Militar na área foi iniciada por volta das 22h do dia anterior, com um efetivo de 250 homens, equipados com canil, cavalaria, grupo de choque e helicóptero. Até as 18h, nenhuma ocorrência grave havia sido registrada.

Vários grupos e gostos se fundem numa festa popular desta dimensão. Enquanto a Banda da Lapa tocava seus sambas de um lado, ali adiante grupos de jovens ouviam funk no carro. O público se dividia principalmente entre “curiosos”, que vinham para ver o que o Zé Pereira tinha a oferecer, e grupos organizados, com camiseta, estrutura e experiência.

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Um desses grupos era o 100 Saragaço, que não se autodenomina um bloco, mas sim um grupo de familiares e amigos. A camisa que eles usavam estampava uma homenagem a “Vó Nica”, conhecida por organizar os Carnavais da família até falecer aos 94 anos. Neste ano, ela completaria seu centenário.

Kelson Albano mantém viva a tradição carnavalesca de Vó Nica. Foto: Charles Guerra / Agência RBS