Mais de 18 mil torcedores estiveram no Heriberto Hülse para ver o Criciúma vencer o São Paulo. No entanto, a história não se repetirá na última batalha da Série A. Até ontem à tarde não havia excursões marcadas para o jogo contra o Botafogo, domingo, no Rio de Janeiro.
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Do Rio, Zé Dassilva, chargista do DC e torcedor fanático do Tigre, convoca a torcida para acompanhá-lo no Maracanã. Ele é conhecido por seu vibrante e solitário incentivo ao Tigre no Rio nos últimos 14 anos, desde que se firmou em terras cariocas.
– Para mim, o fato de estar morando longe do time é uma coisa meio caricata. Quando estava na Série B, que os jogos eram segunda, terça, sexta-feira, a vizinhança ficava assustada, pensando: que maluco é esse que está gritando gol numa terça-feira? – conta.
Cansado de torcer sozinho, Zé procura espalhar as cores do carvoeiro pela Cidade Maravilhosa, apesar de conhecer três cariocas nascidos e criados no Rio que já torciam pelo Tigre.
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– Você vê que está chegando na minha casa porque o vigia da farmácia tem a camisa, a banca e o bar têm o adesivo do Criciúma. Parece que a cidade está meio loteada. O torcedor solitário é uma figura meio circense. No Rio tem o bar do Inter, por exemplo, tem torcida do São Paulo, tem muito gremista. Mas no meu caso, geralmente, eu torço sozinho – diz.
Mas para a partida deste domingo, às 17h, o torcedor quer uma multidão como companhia.
– Levou tantos anos para a gente voltar para a Série A, então acho que não dá pra desprezar o último jogo do ano. E aproveitar para vir ao Rio, praia é o que não falta! – emenda.
O chargista ainda acrescenta que esta será a oportunidade do Tigre estar com mais torcida que o time local, no Maracanã.
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– O Botafogo não tem muita torcida no Rio de Janeiro, é um dos times mais sem torcida por aqui – ironiza.
Torcida organizada não estará no Rio
Diretor da torcida organizada Os Tigres, Marcelo Llanos afirma que dois compromissos pré-agendados, um encontro de organizadas em São Paulo e uma viagem a Buenos Aires para compra de material para 2014, impedem o grupo de ir ao Rio. Segundo os torcedores, não há como trocar as passagens.
A diretoria da torcida organizada Guerrilha Jovem ainda verifica a possibilidade de organizar uma excursão, mas, até o fechamento desta matéria, não havia nada confirmado.
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