Mais um sobrevivente do trágico acidente aéreo da Chapecoense está próximo de receber alta. O zagueiro Neto, último a ser resgatado e aquele que teve situação mais grave ao longo de todo o processo, tem se recuperado bem e deve deixar o hospital Unimed, em Chapecó, onde está internado, nesta quinta ou sexta-feira.

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– Provavelmente vai ter alta amanhã (quinta-feira), se as coisas correrem bem. Exames foram coletados hoje (quarta), a gente faz a checagem dos exames, avalia e provavelmente deve ter alta amanhã. Está ansioso, com astral bom. O próprio Follmann está bem. Os dois estão bem. Acho que estamos em uma fase encerrando este período e começando a fase de reabilitação deles – explicou o médico Edson Stakonski ao SporTV.

A provável alta de Neto mostra a rápida evolução do zagueiro, que foi quem correu mais riscos entre os sobreviventes. Além de diversas fraturas pelo impacto da queda, o zagueiro desenvolveu um quadro pulmonar bastante grave e corria risco de morte até cerca de duas semanas atrás, muito em função das quase 10 horas que ficou esperando o resgate.

Se Neto está bem próximo de ser liberado, a caminhada de Follmann ainda seguirá. O goleiro, outro dos sobreviventes do acidente, ainda sofre com os efeitos da amputação de parte de sua perna direita e na última terça, foi submetido a uma cirurgia para reparação da parte do órgão que foi mantida. Além disso, tem um problema no pé esquerdo que também requererá ao menos mais um procedimento operatório.

– O Follmann passou por cirurgia grande ontem (terça-feira), em que foi feita a preparação do coto para receber uma prótese. Deve ir nos próximos 15 ou 20 dias a São Paulo para começar a organizar e estruturar para a gente por esta prótese. Ontem, também, ele passou por cirurgia no pé esquerdo para retirada do talos e fixação do tornozelo. Sexta-feira, se tudo estiver bem, deve passar por uma fixação definitiva deste tornozelo – afirmou Stakonski.

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Os outros dois sobreviventes brasileiros do acidente, o jogador Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel, já receberam alta nos últimos dias. Todos eles estavam no avião que levava a Chapecoense para a decisão da Copa Sul-Americana, em Medellín, na Colômbia, e caiu nas cercanias da cidade, deixando 71 mortos.