Em janeiro, a Banda Blame lançou o segundo videoclipe, Opinião. A música faz parte do álbum Efeito Halo, de 2014, e o lançamento do vídeo é uma forma de dar uma refrescada no trabalho. O clipe, que já tem mais de 33.450 mil visualizações no Youtube, contou com 30 atores e, assim como o anterior, foi dirigido por Antonio Rossa.

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Uma breve história do videoclipe

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— Uma das necessidades da música é sua distribuição. O clipe te ajuda a divulgar, a chegar a mais pessoas, atingir quem talvez não vá te ouvir em um CD, em um show ou no Spotify. O clipe te envolve, conta uma história, é bacana porque tu consegues ter uma visão diferente do que mostra a música. é um algo a mais, pra que as pessoas entendam a mensagem que tu queres passar — conta o o baixista da Blame Geraldo Borges.

Um dos vídeos que disputaram o Prêmio da Música Catarinense na categoria Melhor Videoclipe, Marauders Thoughts, da banda Rascal Experience, foi escrito, produzido, dirigido e editado pelos membros do grupo. Os próprios músicos fazendo seus clipes, seja por necessidade ou curiosidade, e posteriormente se profissionalizando também é uma característica da produção audiovisual catarinense.

— Sempre fui apaixonado por vídeo, e com o tempo reparei que o audiovisual era uma forma de arte efervescente e necessária para a maioria dos músicos. Então comecei a me juntar com amigos e colegas pra fazer vídeos meus e de outros artistas de Floripa. Minha intenção não era me profissionalizar no ramo, mas um monte de gente com quem eu trabalhava foi me deixando na mão, então tive que aprender a fazer. Nesse processo, várias pessoas foram conhecendo meu trabalho e me chamando para trabalhar. Foi o audiovisual que veio até mim — conta o músico e professor Juliano Malinverni, que além de se autodirigir, fez clipes para grupos como os Irmãos Panarotto, de Chapecó.

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A história de Johnny Duluti, baterista do Califaliza e diretor da Ferradura Vídeo, é parecida. Quando ele fez seu primeiro clipe para a banda, foi convidado para produzir o clipe de 20 anos da Euthanasia, comemorados em 2012.

— Isso deu mais visibilidade e comecei a fazer de outras bandas do O Clube (coletivo de bandas da região de Florianópolis que surgiu em 2011 para promover a música autoral). Em um ano fiz quase 20 clipes, todos de Santa Catarina. Aí eu criei a Ferradura e comecei a me expor como produtor de vídeos, fazendo pequenas chamadas, teasers de festas e videoclipes. No último ano, o negócio cresceu bem, com bandas velhas dando uma reciclagem e bandas novas dando uma crescida. As produções estão vindo com uma qualidade bem boa. Antigamente não tinha com quem fazer e quem fazia, fazia com as próprias pernas — avalia Duluti.

Florianópolis recebe pela primeira vez em março o treinamento Gravando Bandas, um curso que nasceu dentro da Jornada Adobe (série de treinamentos oficiais da Adobe nas áreas de design e vídeo digital). São três dias de curso com conteúdo teórico e prático em que os interessados vão poder entender melhor sobre a produção de videoclipes, desde o roteiro até a entrega ao cliente. Durante o curso, os alunos vão participar da gravação de um clipe para a banda Blame. As inscrições para o curso já estão esgotadas.

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