Mais de 2 mil delegados do Partido Comunista chinês (PCC) se reúnem, no congresso que começou nesta quinta-feira (horário local) em Pequim para confirmar a sucessão do presidente Hu Jintao que, depois de 10 anos no poder, cederá o cargo a Xi Jinping.
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Ao contrário da imensa campanha política norte-americana que levou à reeleição de Barack Obama, a nomeação do sexto sucessor de Mao Tse Tung será feita com a tradicional solenidade dos congressos comunistas, envolta em segredo e sob forte segurança.
Na imensa Praça da Paz Celestial, os 2.270 delegados reunidos no Palácio do Povo escutarão o balanço do presidente Hu Jintao. Em seu mandato, a China se tranformou na segunda potência mundial.
A imprensa internacional foi convidada para o primeiro dia de congresso que continuará em seguida a portas fechadas até a próxima quarta-feira, data em que os sete ou nove membros da nova direção suprema da China farão uma breve aparição diante das câmaras do mundo inteiro.
Xi, transformado no secretário geral do PCC, passará de fato ao posto de presidente da República, em uma formalidade prevista para março.
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O novo presidente vai dirigir uma China em plena mudança, com uma economia quase capitalista, afetada pela crise financeira europeia e uma população ávida por reformas políticas e de transparência, sobretudo acerca da riqueza dos líderes comunistas.
Oito em cada dez chineses nas cidades esperam mudanças políticas, segundo uma pesquisa publicada na quarta-feira pela imprensa oficial.
Em matéria de direitos humanos, Xi Jinping deverá decidir se libertará o prêmio Nobel da paz 2010, o dissidente Liu Xiaobo.