Às 19h em ponto desta quarta-feira, padre Francisco Rohling, 54 anos, tomou seu lugar no altar da Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, em Canasvieiras, Florianópolis. Pouco mais de 20 fiéis se colocaram de pé, cercados por paredes azul celeste e pilares brancos, para rezar na primeira missa após a escolha do conclave, que elevou o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, a Papa Francisco.

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O xará, responsável pela paróquia que recebe diariamente conterrâneos do novo pontífice, recebeu com alegria a escolha do Vaticano.

– É um cardeal conhecido por sua humildade. Muito doce, amável e sorridente. Toda a paróquia se enche de alegria pela escolha.

Aos olhos do padre diocesano, natural de São Bonifácio, Francisco 1º pode significar uma reforma poderosa para a Igreja Apostólica Romana, assim como foi com São Francisco de Assis, no século 11.

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– Assim como o santo, Bergoglio fez voto de pobreza. Transita pelas ruas de Buenos Aires de transporte coletivo. Faz até a própria comida – comentou.

Ontem, católicos argentinos faziam sinal da cruz ao passarem em frente à igreja, na Rua Madre Maria Vilac. Estavam satisfeitos pela escolha, como no caso do operador de seguros Raul Cernotto, 62 anos, de Santa Fé, na Argentina, que está pela primeira vez em Canasvieiras.

– Bergoglio foi uma grata surpresa para mim, fiquei muito feliz. Ele é reconhecido entre os argentinos por sua humildade. Ao se tornar cardeal, em 2001, não aceitou uma roupa nova (barrete cardinalício), mas adaptou ao seu tamanho a de um outro cardeal – lembrou-se, orgulhoso.

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Argentinos e brasileiros acompanharam a primeira missa na paróquia de Francisco até as 20h, com a certeza de que a igreja tem um novo líder. E para alegria de todos ali, é argentino.