Uma terça-feira de sol e boas ondas formaram o cenário do último dia de treinos livres para o Onbongo Pro Surfing, na Praia Mole, em Florianópolis. Centenas de surfistas aproveitaram para testar as pranchas que vão utilizar na competição, que começa às 8h desta quarta, dia 27, e vai até domingo na Ilha de Santa Catarina.
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Para o primeiro dia, está programada a realização das duas primeiras fases das triagens, envolvendo atletas sem boa pontuação no ranking mundial da Association of Surfing Professionals (ASP). Um total de 208 representantes de 16 países esgotou o limite de participantes do único evento com nível máximo seis estrelas da América do Sul.
É a última parada antes das duas etapas que vão fechar a lista dos quinze classificados para a elite mundial do World Championship Tour (WCT), no Havaí.
Entre os inscritos, 30 já fazem parte do grupo neste ano, inclusive o vice-líder do ranking Joel Parkinson (AUS) e os ex-campeões mundiais Mark Occhilupo (AUS) e C. J. Hobgood (EUA), além do convidado especial Tom Curren (EUA).
As principais estrelas são cabeças-de-chave e só vão estrear no sábado, já na sexta rodada do Onbongo Pro Surfing. Seus primeiros adversários serão definidos nas triagens, de quarta a sexta-feira.
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Válida como 36ª etapa do World Qualifying Series (WQS), o evento distribui US$ 125 mil em prêmios, com o campeão levando US$ 15 mil, além de 1,5 mil pontos no ranking de acesso para o WCT.
Diferentemente do ano passado, dessa vez o Onbongo Pro Surfing vai inaugurar a perna brasileira de fim de ano do Circuito Mundial de Surfe Profissional, que será encerrada no Nova Schin Festival WCT Brasil 2004, entre os dias 1 e 10 de novembro, também em Santa Catarina.
Esses dois eventos serão decisivos, porque, depois do Brasil, os melhores surfistas do mundo seguem para o encerramento da temporada no Havaí, onde serão definidos os rankings que formarão a elite dos top-42 do WCT no ano que vem.
Vários brasileiros estão na briga direta pelas últimas vagas na lista dos 15 indicados pelo WQS, como o paulista Renan Rocha (20º colocado no ranking), o baiano Armando Daltro (21º), o potiguar Danilo Costa (27º) e o gaúcho Rodrigo Dornelles (30º), que ganhou onze posições com o vice-campeonato conquistado no WQS 4 estrelas das Ilhas Canárias, encerrado no último sábado.
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– Aconteceu a mesma coisa do que nas Ilhas Maldivas em 2001, que eu também liderei a bateria inteira e no último minuto o Chris Ward (EUA) virou em cima de mim – disse Rodrigo Dornelles, um dos muitos surfistas que aproveitaram o último dia de treinos livres para o Onbongo Pro Surfing.
Rodrigo só entra na quinta e última fase das triagens, a mesma do campeão nas Ilhas Canárias, Kirk Flintoff, com os dois só devendo estrear na sexta-feira.
Além de Flintoff, mais 38 australianos formam o maior esquadrão estrangeiro no Onbongo Pro Surfing, que terá a participação de surfistas de mais 15 países: Brasil (101 inscritos), Estados Unidos (19), Havaí (12), África do Sul (9), Espanha (7), França (5), Ilha Reunião (3), Inglaterra (2), Portugal (2), Japão (2), Nova Zelândia (2), Tahiti (2), Itália (1), Venezuela (1) e Argentina (1).
Os sul-africanos também se destacam entre os estrangeiros, principalmente por terem Greg Emslie defendendo a liderança do ranking WQS na Praia Mole. No ano passado, Emslie ficou em terceiro lugar no Onbongo Pro Surfing, vencido pelo franco-brasileiro Patrick Beven.
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Já o jovem Warwick Wright surpreendeu à todos ao vencer a segunda etapa do WQS 2004 nos tubos da Cacimba do Padre, em fevereiro, em Fernando de Noronha (PE). Warwick estava com um grupo de sul-africanos olhando o mar depois de mais uma sessão de treinamento.
– As ondas estão muito boas e aqui é bem parecido de onde eu venho, Durban, onde o fundo também é de areia como aqui – afirmou Wright.