O Supremo Tribunal de Apelações da África do Sul arquivou nesta sexta-feira um processo movido por Winnie Madikizela-Mandela, ex-esposa de Nelson Mandela, e que queria assumir a casa familiar do Prêmio Nobel da Paz.
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Em seu testamento, onde não cita Winnie Madikizela-Mandela, Nelson Mandela, morto em 2013, pediu que sua casa em Qunu (leste) fosse “usada por toda a vida por sua família, para preservar a unidade do clã Mandela”.
Winnie Madikizela-Mandela afirma que a casa pertencia a ela, de acordo com a jurisprudência local, já que era ela que a comprou em seu nome em 1989, quando Nelson Mandela estava preso e o casal ainda estava casado.
“Uma pessoa razoável (…) teria reivindicado o direito de propriedade antes da morte de Mandela. Esperar por ele morrer é extremamente prejudicial para (…) seus herdeiros, já que sua versão dos eventos não é plausível”, considerou o juiz Jeremiah Shongwe.
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Nelson Mandela, líder da luta contra o apartheid, passou 27 anos nas prisões do regime racista antes de se tornar o primeiro presidente negro do país em 1994.
Após a sua libertação da prisão, foi recebido como herói por sua esposa Winnie e por milhares de seus apoiantes.
Os excessos desta mulher de forte caráter, de discurso violento, rapidamente a afastaram de seu marido. O casal, casado em 1956, se divorciou em 1996.
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Nelson Mandela legou seus bens à sua última esposa Graça Machel, seus filhos e netos, bem como colaboradores, escolas e seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC). Ele não deixou nada para Winnie.
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* AFP