William é um avaiano nato. Revelado pelo Santos, junto com Robinho e Diego, o centroavante parece que foi forjado para defender as cores do Avaí. Em 2016 ele virou a referência da equipe, dentro e fora de campo. Sem Marquinhos, lesionado, ele é o cara o Leão e era cotado como a maior esperança de gols do time para o derby contra o Figueirense. Não poderia ser diferente, afinal isso é o que se espera de um artilheiro.
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Ouça o gol com a narração de Salles Jr
Na verdade, William é o Senhor Clássico. Mais uma vez contra o Furacão ele foi decisivo. Ao empurrar a bola para a rede aos 33 minutos do segundo tempo ele deu a vitória para o Avaí e aumentou o jejum de vitórias do rival no Catarinense, agora são seis jogos que o Alvinegro não sabe o que é vencer.
A partida tinha um desenho torto e sem graça. O clássico estava sem cor, o placar parecia que não seria mexido.
O empate sem gols seria injusto ao clássico. Quem foi a Ressacada merecia ver gols. Não que a partida tenha sido um primor técnico, mas por se tratar de uma rivalidade de 91 anos os times não se omitiram e procuraram balançar a rede. O Figueirense do estreante Vinícius Eutrópio optou por jogar no contra-ataque. Por isso, o treinador colocou o centroavante Elias, porém o jogador não fez nada diferente de todas as outras vezes que defendeu o Alvinegro. O jogador foi um mero figurante e continua sem balançar a rede com a camisa do Furacão, ele está quase um ano se marcar _ a última vez foi no dia 26 de março de 2015, quando ainda defendia o modesto Nova Iguaçu, do Rio de Janeiro.
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A grande chance do Furacão foi de Dudu ainda no primeiro tempo. O camisa 11 do Furacão deixou dois adversários para trás em dribles curtos para a direita e chutou colocado, a bola explodiu no travessão.
O segundo tempo diminuiu o ímpeto dos jogadores, mas não tirou a vontade. O gol do Leão foi em uma confusão dentro da área que a bola sobrou para William, que como todo bom camisa nove está no lugar certo, na hora certa.
Reclamações
Clássico não é clássico se não tiver polêmica com a arbitragem. Ronan Marque da Rosa voltou a apitar um Avaí x Figueirense depois de quase três anos e em apenas 45 minutos teve sua forma de apitar contestada pelos dois lados. Tudo por causa de dois lances polêmicos, ambos de supostos pênaltis.
O primeiro aos 12 minutos quando Rodrigo Biro caiu na área após dividir bola com o zagueiro André Santos. O jogador alvinegro pediu pênalti, mas Ronan ignorou. Aos 25, William tinha a bola no pé para abrir o placar, mas foi despencou próximo a pequena área, ele reclamou uma falta de Bruno Lopes. Antes do apito para o intervalo mais uma vez se envolveu em um lance com o zagueiro alvinegro e também pediu penalidade máxima.
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?- Eu nunca trocaria um gol por um pênalti. O jogador do Figueirense ficou falando para mim: ?Eu chutei o teu pé?. O árbitro que não marcou, fui reclamar. Foram dois pênaltis para a gente ?- esbravejou o capitão avaiano, William.
No segundo tempo, o Leão ainda reclamou de mais um pênalti quando a bola bateu no braço de Marquinhos dentro da área após um escanteio. Outro lance acompanhado de perto por Ronan que mandou seguir a partida.
FICHA TÉCNICA
AVAÍ (1)
Renan; Renato, André Santos, Gabriel, Vitor Costa; Braga (Renato Júnior), Judson, Caio César (Iury), Diego Jardel (Lucas Fernandes); Romulo e William
Técnico: Raul Cabral
FIGUEIRENSE (0)
Gatito Fernández; Leandro Silva, Marquinhos, Bruno Alves, Rodrigo Biro; Dener, Jefferson (Ermel), Ricardinho; Dudu, Éverton Santos (Gabriel Esteves) e Elias (Guilherme Queiroz)
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Técnico: Vinícius Eutrópio
Gol: William (A), aos 33 minutos do 2º tempo
Cartões amarelos: Gabriel (A); Guilherme Queiroz (F)
Arbitragem: Ronan Marques da Rosa, auxiliado por Rosnei Hoffmann Scherer e Thiago Americano Labes
Local: Estádio da Ressacada, em Florianópolis
Público total: 8.668
Renda: R$ 159.626