O príncipe William e sua noiva Kate Middleton se casarão em 29 de abril de 2011 na abadia de Westminster, anunciou nesta terça-feira o Palácio de Saint James, encarregado dos assuntos do segundo na linha de sucessão ao trono britânico.

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– A abadia tem uma longa associação com a família real – é, de muitas maneiras, a igreja da família real – e, por isso, com o príncipe William pessoalmente – afirmou Jamie Lowther-Pinkerton, secretário particular do príncipe.

A abadia, uma construção gótica, cenário da coroação da monarquia britânica por séculos, foi em setembro de 1997 o local da missa fúnebre da princesa Diana, mãe de William.

O templo também recebeu, em 1947, o casamento dos avós do príncipe, o tenente Philip Mountbatten e a então princesa Elizabeth, que, seis anos mais tarde, foi coroada Elizabeth II no mesmo local.

A imprensa e as casas de aposta mencionavam na semana passada esta igreja como local do casamento, principalmente depois que Kate Middleton foi fotografada uma tarde visitando o templo situado no centro de Londres, perto das Casas do Parlamento.

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William e Kate anunciaram oficialmente na terça-feira passada seu compromisso, depois de oito anos de namoro.

Para cumprir o desejo de dar um papel póstumo à sua mãe, que morreu em um acidente de carro em Paris há 13 anos, William revelou que deu à Kate o anel de noivado que pertenceu à Diana, de safira e diamantes.

O casamento deu à Grã-Bretanha um impulso, em meio à crise econômica e aos cortes orçamentários para reduzir o enorme déficit do país, e com suas forças armadas atoladas no décimo ano da guerra do Afeganistão.

Consciente da situação econômica, Lowther-Pinkerton disse que os custos do casamento serão pagos pela família real e pelos pais de Kate.

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– Todas as partes envolvidas no casamento, sobretudo o príncipe William e a senhorita Middleton, querem garantir que exista um equilíbrio entre um dia agradável e a situação econômica atual – disse ele.

– Por isso, a família real e a família Middleton vão pagar pelo casamento.

O anúncio provocou pedidos para que William e Kate ascendam diretamente ao trono – pulando seu impopular pai, príncipe Charles, e sua segunda esposa, Camilla, um arranjo constitucionalmente problemático.

Quatro pesquisas de jornais no fim de semana mostraram que a maioria dos britânicos gostaria de vê-lo tornar-se rei quando a rainha Elizabeth II morrer e pensa que ele seria um monarca melhor do que seu pai Charles, de 62 anos.

Em meio a uma onda de luto nacional na Grã-Bretanha após a sua morte, o funeral de Diana foi realizado na Abadia de Westminster, com fotos de William e seu irmão Harry observando, tristemente, o caixão da mãe.

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A sombra de Diana, seu casamento infeliz e sua famosa busca incessante pela mídia – os fotógrafos a seguiam no momento da sua morte – pairou sobre William e seu relacionamento com Kate desde o início.

William tomou diversas medidas para preparar sua noiva para lidar com o glamour da mídia, assim como com a formalidade da vida real, que Kate, em uma coletiva de imprensa, admitiu na semana passada que são “bastante assustadores”.

A então Lady Diana Spencer casou-se com o pai de William, príncipe Charles, na Catedral de St. Paul em julho de 1981, em uma cerimônia que atraiu centenas de milhares de pessoas nas ruas.

Mas eles se divorciaram em 1996 entre confissões de adultério de ambos os lados – com Camilla, no caso de Charles.

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O apoio público para o casamento, entretanto, não se estendeu em um desejo para que recebam financiamento público, com uma enquête no fim de semana que revelou que 82% das pessoas afirmaram que a realeza deve cobrir os custos do evento.