Com as saídas e Anderson Lopes e André Lima, e sem outras contratações de peso para substitui-los, o centroavante William deve ser o cara do Avaí no setor ofensivo em 2016. Para isso, o atleta conta com uma boa pré-temporada, bem como iniciando o trabalho no clubes desde o início do ano. E com uma dose de sorte. Já que, no ano passado, após chegar em junho vindo do Ceará, o atleta fraturou o tornozelo no final de julho e ficou quatro meses fora dos gramados, tendo voltado apenas na última rodada, contra o Corinthians, quando ficou no banco de reservas.
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— Começando a pré-temporada com o grupo, fazendo todo o trabalho, também dei uma recuperada nas férias, então agora já tô bem legal para começar o ano, temos boas perspectivas. E nada melhor que começar bem e com o título Catarinense, quem sabe? — indagou nesta quinta-feira, em entrevista coletiva em Gramado (RS), onde o clube se prepara para o início da Primeira Liga e do Campeonato Catarinense , ambos no final do mês.
William justificou também que, apesar de ter estado no Ceará no começo de 2015, sua passagem pelo futebol do Catar (jogou no Al-Khor) trouxe prejuízos a seu futebol. A expectativa agora é que tudo seja diferente.
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— Tive um ano no Catar e o futebol lá tem um nível bem baixo, então tive uma dificuldade de me readaptar, mas agora começando o ano com meus companheiros é um ponto positivo para voltar a fazer meus gols e ser artilheiro como foi onde eu passei — afirmou.
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O atleta tem vivido uma fase nova no Avaí. Com poucos jogadores experientes no elenco, e Marquinhos ainda em tratamento da cirurgia nos joelhos, tem ficado para William, 32 anos, a responsabilidade de orientar os mais jovens nesse processo de reestruturação pelo qual passa o Leão da Ilha após a queda para a Série B do Brasileirão.
— Acho que é a primeira vez que tem tantos jovens no elenco, pra mim tá sendo até um pouco estranho, algo novo na carreira. Jogadores jovens querem a oportunidade deles e quando você entra numa equipe que está se reestruturando o baque é grande, então você tem que conversar com eles para que tenham pés no chão e nos ajudem a conquistar as coisas, pois somente assim o clube vai se reerguer de novo. Eles têm que ter paciência com essa reformulação.
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O atacante também comentou sobre os atrasos nos pagamentos de 2015 aos atletas que ficaram no clube azurra. Apesar de considerar que esse problema atrapalhou o time na luta para evitar a queda, demonstrou otimismo de que tudo estará acertado em breve.
— É um pouco chato. A gente tem procurado entender a situação do clube e passar aos mais jovens, principalmente aqueles que não têm uma vida estruturada como jogadores como eu e o Marquinhos, e precisam dessa base. E pedir que a diretoria acerte pelo menos os meninos, funcionários. A gente crê que a diretoria vai se estruturar e não ter mais essas falhas, porque isso é um fator que prejudica. E um dos fatores da queda foi isso, porque no vestiário só se fala da questão salarial, então tira o foco do que você tá buscando.Que esse ano a situação se resolva logo, acredito que em breve estará tudo em dia — ponderou.
Apesar de possuir contrato com o Avaí, William confirmou ter recebido propostas de outras equipes. Mas reafirmou seu desejo de cumprir o contrato com o time catarinense.
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— É normal na virada de ano chegarem propostas. Já tive três empresários com clubes querendo que eu fosse para lá, mas tinha contrato aqui e quero fazer de tudo que o Avaí volte à Série A, que é um lugar de onde nunca deveria ter saído.