Whirlpool fecha 3 mil vagas no Brasil

O presidente do sindicato dos trabalhadores nas indústrias de refrigeração, aquecimento e tratamento de ar de Joinville (Sinditherme), Rolf Decker, afirmou que a entidade ainda não calculou qual foi o tamanho do enxugamento de vagas na Whirlpool de Joinville, de um total de 3 mil vagas fechadas pela fabricante de eletrodomésticos no Brasil nos últimos 12 meses.

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O assunto ganhou destaque na imprensa nacional depois que o CEO da Whirlpool Corporation, Jeff Fettig, informou ao jornal Wall Street Journal, nesta semana, que cerca de 3 mil empregos, incluindo cargos gerenciais e na linha de produção, estão sendo eliminados para adequar os custos no Brasil à queda das vendas e à desvalorização da moeda local.

Em entrevista ao Valor PRO, o presidente da Whirlpool para América Latina, João Carlos Brega, disse que a redução aconteceu de forma gradual nos últimos 12 meses.

Na comparação entre o primeiro trimestre de 2014 e o mesmo período de 2015, a empresa passou de 22 mil para 19 mil funcionários, informou o executivo ao veículo.

Em fevereiro deste ano, a Whirlpool Latin America concedeu férias coletivas por um período de 14 dias para a produção e de 12 dias para o administrativo nas operações paulistas e de Joinville.

Na época, a medida foi justificada como necessária para equilibrar o volume de produtos em estoque à demanda de mercado.

Agora, a companhia informa por meio de nota que, por conta da realidade do mercado brasileiro de eletrodomésticos, readequou seu quadro de pessoal nos últimos meses na ordem de 3 mil colaboradores.

Essa redução, diz a nota, foi feita, basicamente, por não reposição de vagas em aberto. Contudo, a companhia prefere não revelar o percentual de demissões em relação ao total do encolhimento do quadro de pessoal.

A Whirlpool termina o comunicado reforçando “sua confiança no Brasil e no contínuo investimento no País”.

Para o presidente do sindicato, a Whirlpool não quebrou o acordo firmado com a entidade de não realizar demissões em massa.

– Isto não ocorreu em Joinville – analisa Decker, ainda sem os números exatos do levantamento, que deve ser concluído nesta semana.