A joinvilense Letícia Oro Melo voltou para casa após a conquista histórica do bronze na disputa de salto em distância no Mundial de Atletismo. Ao longo da terça-feira (26), a atleta teve um dia de celebridade em Joinville. Ela visitou colegas na pista de treinamento, passeou pelas ruas em um caminhão dos bombeiros e deu entrevistas, mas garante que a “ficha ainda não caiu”.
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A atleta tenta absorver o peso do resultado de ter sido apenas a segunda brasileira a ganhar uma medalha na história da competição. Com uma distância de 6,89 metros na final do mundial, Letícia deu o melhor salto da carreira e se colocou em um novo patamar dentro do atletismo.
— Eu nem sei o que estou sentindo, acho que vai demorar um tempo para cair a ficha. Eu classifiquei com a última vaga, na última tentativa, e hoje sou medalha de bronze. Se um dia souber o que estou sentindo, nem sei se vou conseguir explicar, mas estou bem feliz — comenta.
Foi a primeira vez em que ela disputou o mundial e teve a oportunidade de competir com outras atletas das quais já era fã. A alemã Malaika Mihambo, que conquistou o ouro, por exemplo, chegou a parabenizá-la durante a prova, o que a encheu de orgulho.
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Apesar de todo o reconhecimento e repercussão, Letícia diz que vai continuar focada nos treinos e no trabalho para alçar voos ainda mais altos. Pela frente, estão a disputa do Sul-Americano, em outubro, no Paraguai, e, possivelmente, outras competições na Europa. Porém, a meta principal é garantir uma vaga nas Olimpíadas.
— Eu vou estar lá em Paris 2024. Podem anotar! — diz cheia de confiança.
Para isso, ela tem dois caminhos: conseguir uma das vagas pelo ranking de pontos ou atingir o índice, que foi de 6,82 metros nos últimos Jogos Olímpicos. Se conseguir repetir a marca do Mundial durante o período pré-olímpico, ela deve conquistar uma das vagas para a competição, mas o objetivo pessoal de Letícia é alcançar os 7 metros.

Conquista após lesão
No fim do ano passado, Letícia rompeu o ligamento cruzado anterior e o menisco. Fez uma cirurgia em dezembro e permaneceu apenas em fisioterapia durante quatro meses, até voltar aos poucos para os treinamentos. Segundo ela, a sensação foi de estar em luto, principalmente no período antes da cirurgia.
— Depois desse período, eu precisei parar para pensar e focar. Eu penso que isso foi um aprendizado, que Deus fechou algumas portas para mim e hoje abriu portas maiores, com uma medalha no Mundial — conta.
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Com a liberação da equipe que acompanhava a recuperação, a atleta voltou às competições na disputa do Troféu Brasil, no mês passado. Confiante na decisão dos profissionais, ela não teve medo de dar o melhor nos saltos e levou o ouro no evento nacional. Um mês depois, veio também o bronze no Mundial.
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