Depois do pedido de exoneração do médico joinvilense Dalmo Claro de Oliveira (PMDB), que estava à frente da Secretaria de Estado da Saúde há dois anos e meio, a secretária de Assistência Social de Joinville, Tânia Eberhardt (PMDB), teve sua primeira reunião formal com o governador Raimundo Colombo, consolidando a aceitação do convite para assumir a pasta.
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No domingo, na Casa d?Agronômica, eles falaram dos desafios que ela terá a partir desta terça-feira, quando toma posse para o cargo. Em seguida, Tânia concedeu entrevista por telefone ao “AN”.
A Notícia – O governador deu liberdade para que a senhora monte uma nova equipe? Já há nomes definidos para acompanhá-la? Haverá mudança nos hospitais joinvilenses?
Tânia Eberhardt – Estou indo sozinha. Ele me deu carta branca para fazer as modificações que forem necessárias, mas não será nada precipitado. Precisamos de tempo para avaliar a situação. Com relação à Maternidade Darcy Vargas e ao Hospital Regional, tudo ficará como está no momento.
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AN – Há algum pedido especial do governador?
Tânia – Ele pediu que nos dediquemos com exclusividade para o trabalho. O grande desejo dele é fazer com que os catarinenses se sintam confortáveis com o nosso sistema de saúde. Vou me dedicar inteiramente para elencar as prioridades do Estado. Colombo pediu muito carinho com os 14 hospitais estaduais e que estreitemos o relacionamento entre prefeituras e secretarias municipais.
AN – O governo do Estado defende a administração por organizações sociais. A senhora vai incentivá-las?
Tânia – Não tenho opinião formada, apesar de acreditar que na região Norte esta ação nunca foi muito bem encaminhada. Há muitos comentários positivos a respeito do Hospital Materno-infantil, mas é algo que ainda precisa ser avaliado. O governador defende que o mais importante é um sistema de saúde que funcione, independentemente de quem esteja por trás das ações.
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AN – Um dos maiores desafios apontados pelo ex-secretário é a burocracia para administrar a pasta. Como a senhora vê isto?
Tânia – A burocracia vai existir em qualquer lugar. O que pode fazer a diferença é o planejamento. Se mapearmos que um determinado hospital precisa de recurso para comprar suprimentos daqui seis meses, por exemplo, teremos tempo hábil para distribuir da forma correta. O governador e eu ainda não conversamos sobre investimentos para a saúde, mas estou disposta a brigar por recursos em Brasília.
AN – Há planos para os servidores públicos?
Tânia – Quero trabalhar em três frentes. Primeiro, é preciso cumprir a legislação. Depois, vamos trabalhar para manter uma equipe motivada. Por fim, teremos a missão de trazer a população para mais perto de nós. Com este canal, identificaremos as demandas e poderemos dar um retorno mais ágil.
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