O julgamento que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível caminha para o desfecho na sessão desta quinta-feira (28) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcada para as 10h.

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O segundo dia de julgamento foi marcado pelo voto do relator do caso, o ministro Benedito Gonçalves, pedindo a condenação de Jair Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação e a decretação de inelegibilidade por até oito anos. A punição deixaria o ex-presidente sem poder concorrer a eleições até 2030.

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Com o término da leitura do voto do relator, o julgamento será retomado com o voto dos outros seis ministros que compõem o TSE. O primeiro deles será Raul Araújo. Ele já foi apontado como uma das “esperanças” de Bolsonaro para que seja apresentado um pedido de vista ao processo. Caso isso ocorra, o andamento da votação é suspenso, e os magistrados passam a ter prazo de 30 dias, prorrogável por mais 30, para analisar o processo antes de o julgamento ser retomado.

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Na votação desta terça, ele chegou a ser questionado pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, se gostaria de apresentar o voto ainda na terça, mas optou por anunciar o voto na próxima sessão, quinta-feira. Até o momento, no entanto, ele não sinalizou nenhuma possibilidade de pedido de vista, e a hipótese é considerada cada vez mais improvável.

Depois dele, ainda precisarão votar os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, Floriano de Azevedo Marques Neto e André Ramos Tavares.

Caso quatro ministros votem a favor de um determinado posicionamento — condenação ou absolvição —, o resultado pode ser conhecido já nesta quinta-feira, ainda que haja pedido de vista.

Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por ter feito ataques ao sistema eleitoral durante uma reunião com embaixadores de vários países, em encontro transmitido ao vivo pela TV Brasil.

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