Nenhuma surpresa na declaração de voto do deputado Gelson Merisio (PSD) em Jair Bolsonaro (PSL) na eleição presidencial. O gesto já estava sendo esperado desde que aliados do presidente do PSD anunciaram adesão a Bolsonaro, como os prefeitos Luciano Buligon, de Chapecó, Avelino Menegolla (Xanxerê) e Joares Ponticelli (Tubarão), entre outros.
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A expectativa girava em torno da data da manifestação: se ainda no primeiro turno ou só no segundo. E, se antes de 7 de outubro, em que momento a declaração seria veiculada.
Pelo que se informa nos bastidores, Merisio, seu vice, João Paulo Kleinubing (DEM), os candidatos ao Senado da aliança, Esperidião Amin (PP) e Raimundo Colombo (PSD), vinham recebendo crescentes pressões para se engajar à campanha de Bolsonaro.
Liderando uma coligação de 15 partidos políticos, dos quais cinco com candidatos à Presidência ou a Vice-Presidência, poderia enfrentar dificuldades em conciliar interesses tão contraditórios. Havia algum risco de reações, sobretudo, de siglas de esquerda que poderão ser decisivas numa eventual disputa no segundo turno.
Ficou a impressão de que Gelson Merisio se antecipou a qualquer adesão do maior adversário, o deputado Mauro Mariani (MDB), que iria participar do encontro de apoio a Bolsonaro em Ibirama, o que realmente aconteceu. Mariani compareceu, mas abriu voto em Henrique Meirelles, em posição de fidelidade partidária. Ficou embretado, sem opção. Não tinha mais como respaldar Bolsonaro depois do voto de Merisio, e não tem espaços para respaldar o PT, eis que o PSDB é o principal aliado.
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A cada novo fato a eleição fica cada vez mais imprevisível.
Civismo escolar
Alunos do Colégio Marista de Criciúma vêm realizando experiência inédita de caráter educativo e comunitário. Cientificados de que um colega morava numa rua sem nome, mobilizaram-se na Câmara Mirim para apresentar projeto na Câmara. Reuniram-se e avaliaram as alternativas. A via sem nome hoje é a Rua Gioconda Panata da Silva. Moradores viraram cidadãos com endereço domiciliar.
Lava-Jato
O procurador da República em Curitiba Delton Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, estará nesta sexta (29) na reunião mensal do Conselho e Diretoria da Fiesc. Falará sobre “Corrupção, Ética e Eleições 2018”. Será a primeira reunião sob o comando do novo presidente, Mário Cezar de Aguiar. Terá também palestra do cientista político Murillo Aragão, presidente da Arco Advice e articulista do jornal Estado de São Paulo.
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