Anúncios de investimentos e medidas da Celesc e da Casan são indicativos de que a temporada de verão em SC tende a ser menos tumultuada do que a anterior

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Pesadelo algum é maior para o turista do que ter o momento do ano que reservou para lazer e descanso ser atrapalhado por questões que ele presume estarem mais do que resolvidas. O caos a que Santa Catarina foi submetida na última temporada por problemas no abastecimento de água e de energia elétrica tem de ficar no passado, ser apenas uma lembrança ruim para visitantes e moradores que passaram por aqueles transtornos, mas um alerta às companhias que fornecem o serviço no Estado, a Casan (água) e a Celesc (energia).

Diferentemente do que ocorreu no verão passado, desta vez, Casan e Celesc parecem ter compreendido os prejuízos econômicos e o dano à imagem do Estado que uma temporada de percalços pode causar – 15% dos turistas que visitaram SC encurtaram as férias por causa de problemas de água e energia na temporada, segundo a Fecomércio. Desta vez, juntas, anunciaram uma série de medidas tomadas para evitar surpresas. A relação delas agora – no ano passado, o que ocorria era uma troca de acusações sobre quem era a culpada – sinaliza uma evolução, cujo objetivo maior é atender bem quem paga pelos serviços.

Com o propósito de garantir os serviços e não ter a imagem novamente arranhada, as companhias relataram as ações desenvolvidas desde o colapso do verão passado. A Celesc despendeu R$ 120 milhões no reforço da distribuição de energia – nesta época do ano, o consumo em SC aumenta cerca de 40% – e substituiu preventivamente equipamentos. A Casan concluiu a primeira fase da adutora que interligará o sistema do centro de Florianópolis ao do norte da Ilha, uma das regiões que mais sofreram na última temporada, e alugou 25 geradores para as estações de bombeamento de água – a falta de energia elétrica foi a justificativa da companhia para o problema de envio de água aos consumidores.

É sabido que os sistemas estão sujeitos a ocorrências pontuais decorrentes das intempéries. Estas são aceitáveis, desde que os reparos sejam realizados no menor tempo permitido para o conserto. E, neste ponto, também há indicativos de que tanto Casan quanto Celesc se preparam melhor ampliando o número de equipes e os horários de atendimento.

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Assim sendo, a partir da interação maior dos agentes públicos e com base nos relatórios apresentados pelas empresas, que mostram investimentos e ações pontuais, é necessário dar um voto de confiança e torcer para que as recordações do próximo verão sejam as que mais combinam com a beleza do nosso Estado.