A votação da abertura do processo de afastamento do governador Carlos Moisés (PSL) e da vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) é “um julgamento político”. A constatação foi feita pelo deputado estadual João Amin (PP), presidente da comissão especial de impeachment na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), em entrevista à CBN Diário nesta quinta-feira (17). 

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– Os deputados terão acesso a todas as informações. Acredito que terão condições totais de votar com a sua consciência. Não somos advogados, nem juízes, nem desembargadores. Nós estamos deputados estaduais, e a sociedade catarinense terá como avaliar, através dos votos e das manifestações, todos os 40 deputados – declarou o parlamentar. 

> Ouça a CBN Diário: a partir de 14h, o Estúdio CBN Diário, com apresentação de Renato Igor direto da Alesc, com a votação do processo de impeachment

A sessão extraordinária na Alesc está marcada para 15h. As votações são separadas: segundo o cronograma estipulado, será avaliada primeiramente a situação da vice-governadora; depois, a do atual líder do Poder Executivo. Os dois poderão ter destinos diferentes – ou seja, há a chance de um deles ter o processo arquivado, e o outro não.  

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Se forem alcançados, pelo menos, 27 votos para que o impeachment seja levado adiante, ainda não haverá afastamento neste momento. A partir daí, uma comissão mista, formada por cinco deputados estaduais e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ) – definidos por sorteio – ficará responsável por analisar o caso, com base no pedido que aponta suposto crime de responsabilidade.

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– Esse pedido de impeachment trata sobre equiparação dos salários dos procuradores do Estado em relação aos procuradores da Assembleia Legislativa. Mas o todo é que está julgado politicamente. Eu duvido que um deputado não vai avaliar a conduta do governador e da vice, em todo o seu governo. A avalliação política vai ser feita pelo conjunto da obra – declarou João Amin. 

Ouça a entrevista completa para a CBN Diário:

Jorge Eduardo Tasca, após a exoneração do cargo como secretário de Administração do Estado, não faz mais parte desse processo de impeachment. 

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