Os voos executivos no Oeste aumentaram mil por cento nos últimos 10 anos. Ivor Lorenset, dono da Santa Fé Táxi Aéreo, é capaz de atestar o crescimento: seus principais clientes são empresários que visitam a região para prospectar negócios nas áreas de energia ou agroindústria. As missões internacionais, como as da Rússia e do Japão, que vêm ao Brasil para fiscalizar os frigoríficos, voam com a empresa, sediada em Xanxerê.

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-Há dez anos fazíamos 35 voos executivos por ano, agora são 350 – afirma.

Além do crescimento nos voos executivos, o aeroporto de Chapecó também sente o reflexo do interesse pela região. A movimentação quadruplicou, passando de 98 mil embarques e desembarques em 2008 para uma projeção de 400 mil em 2013. Assim como Lorenset, as empresas comerciais que voam transportam empresários nacionais e estrangeiros que vem comprar produtos ou investir na região.

O sucesso de Lorenset é retrato do crescimento da região. Desde criança, em São Miguel do Oeste, ele tinha o sonho de ser aviador. Sem condições de bancar os cursos, acabou adiando o objetivo, mas não pensou em desistir. Fez um curso técnico em agropecuária e empreendeu na área. Com o dinheiro que ganhou, investiu na aviação.

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Há 16 anos, criou a Santafé: no início, tinha apenas um monomotor. Hoje, são sete aeronaves e 15 funcionários. Empreendedor atento, investiu em Xanxerê, porque ficava a 500 quilômetros das três capitais do Sul:

– A gente deu certo porque acreditou no Oeste – diz.