Vai começar a Fórmula 1 dos Mares. Os sete barcos que disputam a Volvo Ocean Race partem de Alicante, na Espanha, neste domingo, para uma jornada de oito meses ao redor do mundo que terminará em Haia, na Holanda. Serão 12 pontos de parada, ou stopovers, durante a rota. Itajaí receberá pela terceira vez a única parada da regata na América Latina.

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A volta ao mundo ocorre desde 1973, está na 13ª edição e é uma das principais provas de vela no planeta. Assim como na Fórmula 1, os barcos são de alta tecnologia. Na última edição, em 2014/2015, a organização decidiu instituir modelos únicos, produzidos em estaleiros europeus, que tornaram a prova mais competitiva. Força e estratégia passaram a valer mais do que os equipamentos a bordo.

Dois brasileiros estão entre os velejadores da Volvo Ocean Race, Joca Signorini, que esteve em Itajaí na primeira parada da regata em Santa Catarina, em 2012, e Martine Grael, medalha de ouro na vela nas Olimpíadas do Rio, no ano passado. Martine mantém a grife dos Grael na volta ao mundo: o pai, Torben, ostenta o título de campeão da Volvo Ocean Race no comando do barco sueco Ericssen 4, em 2009.

Martine e Joca estão a bordo da mesma equipe, o barco holandês Akzo Nobel, que promete ganhar a torcida brasileira. Cada veleiro tem a bordo 7 a 11 velejadores, alguns dos melhores atletas da modalidade no mundo. A prova, afinal, é para os fortes. Além do preparo psicológico para a convivência no barco por um longo período, os velejadores precisam de sangue frio para enfrentar alguns dos mares mais perigosos do planeta. Entre eles, o temido Cabo Horn, no extremo Sul da América do Sul.

Itajaí é a primeira parada após essa que é considerada a etapa mais estressante da prova. Por isso a chegada à cidade costuma ter um gosto especial para os atletas.

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_ Aproximar de Itajaí é uma etapa especial, não só porque a gente chega no Brasil, mas porque é a etapa mais desafiadora. E também encontrar a galera que nos dá muita força durante a regata _ diz Joca.

Em 2012 e 2015, Itajaí impressionou a organização pela quantidade de público que passou pela Vila da Regata, junto ao Centreventos, e acompanhou a chegada dos barcos nos molhes. Foram registradas 250 mil pessoas na primeira edição, e 350 mil na seguinte _ um recorde.

A Vila da Regata em Itajaí abre no dia 5 de abril do ano que vem. A regata interna está marcada para o dia 20, e a partida ocorre dois dias depois, rumo a Newport, nos Estados Unidos. (Com informações de Bianca Ingletto – a repórter viajou a convite da organização da etapa brasileira)