Imaginar como vai ficar é o principal combustível que move os 200 voluntários que trabalham na pintura da escola básica Arnaldo Brandão de Itajaí. A revitalização do espaço começou neste sábado e seguirá por mais três dias até que todo o prédio de 17 salas esteja repaginado. A pintura está sendo possível graças a um programa de voluntariado coordenador pela Univali.

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O Univali Faz existe há seis anos para suprir a demanda de estudantes que são contemplados com a bolsa do artigo 170 e precisam cumprir 20 horas de trabalho voluntário semestral. A cada seis meses é feito um trabalho de pintura de uma escola e neste fim de semana a contemplada foi a unidade de ensino que atende 590 alunos e está localizada o Imaruí.

O trabalho foi dividido em etapas. Nos quatro dias de trabalho, dois fins de semana, 50 voluntários farão a pintura do espaço. Queren-Haque Inez, estudante de Comércio Exterior, e quem ajuda a organizar os trabalhos na escola diz que a equipe não para, por isso o cronograma deve ser cumprido.

A coordenadora da projeto Univali Faz, Fabiana Rangel, diz que a Arnaldo Abrão é a maior escola que os voluntários já pintaram. Mas o trabalho pesado não assusta os acadêmicos, que não veem a hora de ver o resultado.

– Ficamos o tempo todo imaginando o antes e o depois – conta Lorena Paiva e Silva, estudante de Logística.

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Para Gabriele Pellerin, estudante de Comércio Exterior, o trabalho voluntário tem um gostinho ainda mais especial. A Arnaldo Brandão é a escola onde a irmã caçula de 9 anos, cursa a quarta série e ambas estão ansiosas para ver o resultado.

– Ela fica perguntando de que cor vamos pintar, é bem especial – diz.

A universitária soube da feliz coincidência quando se inscreveu para o voluntariado. No entanto, os trabalhos na unidade de ensino já estavam agendados desde o ano passado. As escolas são cadastradas junto ao programa e o cronograma é montado conforme a agenda.

– Temos vários tipos de trabalho voluntário, desde contação de histórias até a pintura – explica Fabiana.

Economia

Os materiais usados na pintura, como tintas e lixas, foram adquiridos pela escola com uma verba que tinha vindo do governo federal. O diretor Renato Rebelo diz que chegou a orçar a pintura e só de mão de obra precisariam ser investidos R$ 20 mil. Com o trabalho voluntário esse dinheiro foi poupado. A última reforma, incluindo pintura, pela qual a escola passou foi em 2004.

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Para auxiliar os voluntários durante os dias de trabalho, professores e servidores da escola tomaram conta da cozinha e prepararam almoço e lanche para os pintores.

– É o mínimo que podemos fazer – comenta o diretor.