Estar em um lugar para conhecer novas pessoas foi a motivação do costa-riquenho Gabriel Ramirez Valverde, 24 anos, para ser um voluntário da 11a edição do Festival de Música de Santa Catarina (Femusc), em Jaraguá. Em busca de aperfeiçoamento para seu português, Gabriel se deparou com outros 28 voluntários que compõem os bastidores do maior festival-escola da América Latina.

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Gabriel desembarcou no dia 27 de dezembro em Jaraguá do Sul e está hospedado na casa de uma amiga. Depois de algumas tentativas frustradas de conhecer pessoas na cidade, ele descobriu o Femusc. Segundo Gabriel, o festival era a oportunidade para estar o tempo todo em contato com as pessoas de diversas nacionalidades. Ele atua como assistente na secretaria e, assim, passa o dia rodeado de alunos, professores e organizadores.

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– Eu não tinha contato com a música erudita até vir trabalhar aqui. Não toco instrumento, não canto e danço um pouco, por isso tem sido um aprendizado maravilhoso. Achei que ia ter sono no primeiro concerto que fui, mas adorei e conheci músicas lindas – conta.

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Gerson José Borges Júnior, 21 anos, já é um veterano do festival – está trabalhando nele como voluntário pelo quarto ano consecutivo. Desta vez, o estudante de engenharia civil assumiu uma nova função: intérprete. Gerson relata que começou o voluntariado por causa do projeto comunitário do Centro Universitário Católica SC em Jaraguá do Sul. Após cumprir as horas, retornou ao festival para praticar o inglês e também aprender um pouco de espanhol.

– Ser intérprete em inglês será fácil, sou professor do idioma. O maior desafio será o espanhol, que estou aprendendo e falo o dia todo com os alunos – revela.

Outra voluntária é Ana Clara Chiodini, 23 anos, que busca aperfeiçoamento profissional por meio do evento. A jovem é responsável por acompanhar os professores até o local das aulas e ensaios. Para ela, o Femusc a ajudará a aprender a se comunicar melhor. Além disso, o voluntariado colabora no crescimento como pessoa.

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Entre os voluntários estão os 26 estudantes que ingressaram na atividade por causa do projeto comunitário do Centro Universitário Católica SC. O aluno de direito Fernando Israel está trabalhando no próprio campus, na sala de apoio para os alunos.

– Nunca tive contato com música clássica. É bem bacana ouvir os diferentes sons espalhados pela Católica. Estou praticando meu inglês e fico contente de ter me saído bem – afirma.

Segundo o coordenador de alunos e um dos responsáveis pelos estagiários do Femusc, Maykon Junkes, o trabalho dos estudantes e dos demais voluntários é essencial. Com uma equipe mais enxuta em 2016, Junkes destaca que o desempenho deles é igual ao de contratados.

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– Os voluntários se doam para o festival como os demais funcionários. Eles assumem missões importantes durante o dia a dia do evento. Nossa meta é que os alunos estejam felizes e não percebam os contratempos ao longo do festival – explica.