É claro que eles estão curtindo, até porque não poderia ser diferente quando você vive a aventura de uma Olimpíada em solo brasileiro. Mas em meio às competições e ao clima de esporte que toma conta do Rio de Janeiro, três blumenauenses têm uma missão pessoal um pouco diferente: aprender. Seja no handebol ou na gestão, Sérgio Graciano e Marcelo Greuel escolheram trabalhar de graça nos Jogos com o objetivo de adquirir onhecimento em suas respectivas modalidades.
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NA ABERTURA – Greuel acompanhou a cerimônia oficial no Maracanã
Trabalhar 12 ou 13 horas por dia não é problema para Graciano, que tem 30 anos de sua vida dedicados ao handebol. Dormindo em um colchonetedesde o dia 22 de julho, ele já se acostumou com a dor nas costas e nem sequer dá bola para isso. Entre trabalhar repondo energéticos e auxiliando na logística das equipes na Arena do Futuro, o treinador da equipe feminina de Blumenau disse que aproveita o momento para trazer coisas novas para o Vale do Itajaí.
– Optei por me submeter ao trabalho durante todo esse tempo justamente para acompanhar aquilo que as grandes seleções do mundo estão fazendo no handebol. Aqui tenho a oportunidade de ver as novidades de grandes escolas e formas de levar esse conhecimento para Blumenau – conta raciano que, entre uma folga e outra, aproveita para acompanhar não somente os jogos entre as maiores equipes do mundo, mas também os treinamentos.
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EM AÇÃO – Em meio ao trabalho, Graciano tirou uma selfie no ginásio
Foco na gestão do esporte
Ele foi o primeiro blumenauense a competir em uma Olimpíada, em Los Angeles- 1984, no ciclismo, e agora deixa as pedaladas de lado para se dedicar aos estudos de gestão esportiva. Marcelo Greuel quer usar os Jogos e o tempo que estará presente tanto nas competições de estrada quanto no velódromo para aprofundar o seu conhecimento na área. Acompanhar modalidades ou torcer? Nada disso.
– Claro que é um grande evento que está acontecendo no Brasil, mas nesse momento eu não quero ser torcedor. Vim com um intuito de aprender com os erros que a organização comete e captar os acertos. Curtir é algo que vou fazer nos últimos três dias dos Jogos – afirma Greuel.
NO PARQUE – Mariana (ao fundo) posou para foto na Vila Olímpica
Nem todos são voluntários
Filha de João Almeira Camargo Neto, técnico do basquete feminino de Blumenau, a jogadora de basquete Mariana Camargo também está no Rio de Janeiro. Mas diferente de Sérgio Graciano e Marcelo Greuel, ela foi contratada para ser uma das organizadoras do evento.
A responsabilidade é grande: ela tem sob seus cuidados a coordenação de uma equipe que envolve menores aprendizes, voluntários e funcionários públicos da cidade que foram alocados nos Jogos e que tem o objetivo de controlar o fluxo de entrada e saída de pessoas no Parque Olímpico.
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– Das 5h da manhã em diante, sem hora para acabar, a gente já chega para organizar as coisas e deixar tudo pronto para quando o público for entrar – explica Mariana.