Walcyr Carrasco, mais conhecido por suas novelas bem humoradas exibidas pela Rede Globo, participou pela primeira vez da Feira do Livro de Joinville em 2017 e foi um sucesso. Por isso, retorna agora como homenageado do evento em joinville. Aos 66 anos, Walcyr tem 17 novelas no currículo — entre elas, alguns dos maiores sucessos de audiência da TV brasileira, como Verdades Secretas, Êta Mundo Bom!, Amor à Vida e Chocolate com Pimenta —, e dezenas de livros publicados, de infantis a romances. É também cronista da Revista Época, depois de 15 anos publicando crônicas na Revista Veja SP.

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Confira uma entrevista com o autor:

AN – Você tem uma extensa produção, com dezenas de livros já lançados, peças de teatro, publicação semanal de crônicas e, claro, as novelas — que, aliás, foram três nos últimos três anos. É uma forma de lidar com um processo criativo ininterrupto?

Walcyr Carrasco – Escrever faz parte da minha essência como ser humano. É o que mais amo fazer na vida.

AN – É uma “inquietude” que também te levou a buscar caminhos em diferentes gêneros, da literatura infantojuvenil e dos romances, passando pela crônica e chegando à dramaturgia?

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Carrasco – Bem , como disse eu amo escrever e me desafiar em varios campos. Cada gênero estimula a criatividade.

AN – Entre a tua produção para crianças e adolescentes há muitas adaptações de clássicos. Ao mesmo tempo, muitos trabalhos para a TV tem inspirações em obras clássicas, como A Megera Domada, O Conde de Monte Cristo e Cândido. Qual é a importância de conhecer os clássicos, tanto para o escritor quanto para o leitor?

Carrasco – Acho a leitura dos clássicos essencial, não só porque são narrativas fascinantes, mas porque oferecem novas visões do mundo, abrem perspectivas.

AN – Em uma crônica publicada na revista Época em 2013 você recordava a vinda da escritora Doris Lessing ao Brasil na sua juventude e de como entregou um bilhetinho a ela escrito “I love you”. Como avalia a importância de os leitores estarem em contato com os escritores de perto, de poder conversar com o autor? São experiências importantes para a formação do leitor?

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Carrasco – Acredito que o contato autor-leitor é fascinante para ambos os lados. O leitor desmistifica o autor, o inclui no seu mundo. O autor aprende com a reação dos leitores, faz uma autoavaliação.

Para terminar: você esteve na Feira do Livro de Joinville no ano passado e retorna agora como homenageado. Quais são as lembranças que você tem da participação na última edição e como é voltar em uma edição que te homenageia?

Carrasco – A Feira é muito bem organizada e fiquei fascinado com a profundidade do debate. Voltar como homenageado é uma honra.