As inscrições para o vestibular de inverno da Udesc terminaram ontem. Para quem for fazer o teste, o momento é de revisão de conteúdo e foco na prova marcada para o dia 1 de junho.

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>> O mapa da prova: confira o que você pode (e não pode) fazer no vestibular de inverno da Udesc 2014

Caso o número de inscritos no vestibular de inverno da Udesc em 2014 acompanhe o do ano passado, quando o recorde de candidatos em uma prova de inverno foi batido, quase 9 mil pessoas devem competir por 1.068 cadeiras em cursos de graduação presenciais.

Nos últimos anos a procura por cursos na Udesc tem crescido significativamente. Enquanto os exames de verão são os principais alvos da maioria dos vestibulandos, muitos aproveitam as provas de inverno para testar os conhecimentos antes mesmo de concluir o terceirão.

Coordenadora do vestibular da Udesc, Rosângela Souza Machado diz que o processo no meio do ano é, sim, uma grande chance a estes “treineiros”, mas que também atende muitos candidatos que ficaram de fora por muito pouco no processo seletivo de verão.

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Um sinal bem claro desta segunda chance é a manutenção, na prova de inverno dos cinco livros que foram cobrados no vestibular de verão anterior. Retiradas da lista da UFSC, as obras da Udesc só costumam ser substituídas no processo seletivo de verão. Para a professora Lenita Zambra, do Curso e Colégio Tendência, o estudante pode tirar ainda mais vantagens desse artifício.

– É costume cobrar, nas provas de inverno, aquilo que foi deixado de lado no verão. Pode ser que os alunos econtrem perguntas mais complexas, mas não acredito que seja mais difícil. Na verdade, o candidato consegue mapear o que caiu na prova anterior e delimitar melhor o que estudar.

Foco em todas as matérias

Foto: Marco Favero/Agência RBS

No último vestibular de verão da Udesc, Tatiane Alves, de 17 anos, fez quatro pontos a menos que a nota de corte para o curso de Educação Física. Veio a segunda chamada, a terceira, a quarta, e nada de a selecionarem. Ansiosa com a demora, ligou para a secretaria do curso e descobriu que era a próxima da lista – mas ninguém mais desistiu do curso e ela acabou ficando de fora.

– Na época, estava mais preocupada com o terceirão pois não queria pegar recuperação e atrapalhar todo o meu calendário. Quando as provas acabaram, não dava mais tempo de estudar para o vestibular – relembra a vestibulanda.

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Agora, Tatiane faz o pré-vestibular do COC para superar os quatro pontinhos que a deixaram de fora do último vestibular da Udesc. Embora tenha ido mal nas provas de Espanhol, História e Geografia, ela conta que tenta equilibrar os estudos das disciplinas em vez de focar nas dificuldades.

– Não quero trabalhar agora só os meus pontos fracos e correr o risco de me dar mal nas outras matérias. Tento nortear os meus estudos pelos assuntos que vimos no cursinho naquele dia, sem priorizar demais nenhuma das disciplina – explica a estudante.

Mais planejada e preparada

Foto: Jessé Giotti/Agência RBS

Quando a reportagem precisou ligar para Ana Paula Rosa, 19 anos, foi difícil escutar o que a candidata a Medicina Veterinária falava em meio à barulheira que seus três gatos e dois cachorros faziam. Um esquilo-da-mongólia, embora bem mais silencioso, aumenta a bicharada que ela guarda em casa.

A estudante ficou fora da Udesc no processo seletivo de verão por cerca de dois pontos, mas agora ensaia entrar em um cursinho pré-vestibular no Sesc para que isso não volte a acontecer.

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– Desde pequena, sonho em me formar em Medicina Veterinária, mas tentei fazer o vestibular sem muito preparo. No ano passado, ficava mais em casa, estudando apenas com alguns materiais que consegui – relembra a (novamente) candidata.

Moradora de Florianópolis, Ana Paula fez os ensinos Médio e Fundamental no Instituto Estadual de Educação (IEE), encaixando-se na reserva de vagas da Udesc. Ela conta que, logo após ficar de fora dos aprovados no vestibular de verão, começou a se planejar para a prova de inverno.

– As mensalidades de Medicina Veterinária em faculdades particulares são muito altas. Além disso, a estrutura e a qualidade da Udesc são as melhores que encontrei em relação ao curso que pretendo fazer.

Terceira tentativa

Foto: Charles Guerra/Agência RBS

Se a estudante Savana Niehues, de 19 anos, passar no vestibular de inverno da Udesc, provavelmente não irá se matricular na faculdade. Criada em São Ludgero, no Sul catarinense, ela quer dar mais uma chance à prova da UFSC antes de se mudar para Laguna, onde ocorrem as aulas de Arquitetura e Urbanismo da Udesc. Como o vestibular da federal só é aplicado uma vez por ano, a candidata resolveu prolongar o suspense até meados de 2015 e esperar os resultados dos dois vestibulares antes de decidir seu rumo.

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– Esta será a terceira prova da Udesc que vou fazer, todas para Arquitetura. Já passei para História na UFSC, mas não era o que eu queria – confessa a vestibulanda.

A habilidade nos desenhos foi descoberta apenas durante o terceirão e, por isso, Savana ainda considera a possibilidade de estudar Design Gráfico (embora a Arquitetura seja o alvo mais definido). Além das duas públicas estaduais, há a possibilidade de sair de SC para cursar o Ensino Superior.

Morando sem os pais na Capital desde o começo de 2013, a jovem trabalha em período integral em uma escola de idiomas e se vira como pode para estudar. Por enquanto, está fazendo isso, principalmente, por sites didáticos na internet, mas pretende se inscrever para um pré-vestibular a partir do segundo semestre.

– O que sempre complicou a minha vida foram os horários dos cursos. A Arquitetura, além de ser um dos mais concorridos, é em período integral – lamenta Savana.

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:: Inscritos nas provas de verão e de inverno Udesc:

Dezembro de 2013

13,6 mil pessoas disputaram 1,2 mil vagas

(concorrência de aproximadamente 10,5)

Julho de 2013:

8,7 mil competiram por 1,3 mil cadeiras

(cerca de 6,4 candidatos por vaga)