A Confederação Brasileira de Ciclismo anunciou no domingo, dia 15, o nome dos quatro ciclistas que foram flagrados no exame antidoping durante a 16ª Volta de Santa Catarina, realizada de 29 de agosto a 7 de setembro. São o paulista Renato Seabra, o mineiro Cássio de Paiva, e os paranaenses Evandro Portela e Jefferson Misiak. Os três primeiros estão suspensos por dois anos e Misiak, que é reincidente, está banido por quatro anos.
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O anúncio em si já é assustador, uma vez que os quatro casos foram detectados na mesma prova, mas o mais grave é que pelo menos dois, Cássio e Seabra, são da equipe olímpica que se prepara para os Jogos Pan-Americanos de 2004, na República Dominicana.
Além da punição imposta pela União Ciclística Internacional (UCI), os casos de doping vão alterar a classificação final da Volta de SC, vencida pelo paranaense Evandro Portela, após nove etapas e mais de 800 quilômetros percorridos. O catarinense Márcio May, segundo colocado, vai herdar o título da Volta, o terceiro na prova. Este ano, é o segundo título que Márcio herda. Em maio, acabou como campeão da Volta do Rio, depois que Daniel Rogelin, primeiro colocado, também foi pego no exame antidoping.
Cássio Paiva, terceiro, e Renato Seabra, quarto, também perderam a posição e o dinheiro que ganharam. Com isso, o segundo passa a ser Antônio Nascimento, seguido por José Aparecido, Maurício Morandi e Hernandes Quadri.
Para o presidente da Federação Catarinense, João Carlos de Andrade – entidade que realiza o evento – a adoção do exames mostra a seriedade da Volta.
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– Se num primeiro momento os resultados positivos assustam pela quantidade, por outro, isso mostra que estamos trabalhando de forma correta, o problema do doping não é só do ciclismo, e aposto que se os exames fossem adotados em outras modalidades os resultados seriam surpreendentes – disse.