Em vias do início do Campeonato Catarinense 2015, outra questão volta a ser discutida. Desde dezembro de 2009, o consumo de bebida alcoólica dentro dos estádios é proibido por lei. Para a Associação de Clubes de Santa Catarina e para a Federação Catarinense de Futebol, essa proibição não coíbe ações violentas, mas restringe a arrecadação dos clubes. Ambos defendem que a proibição nas vendas tira torcedores dos estádios e propicia filas nas entradas, já que muitas pessoas esperam o início do jogo bebendo cerveja com os amigos.

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– Os problemas acontecem com ou sem bebida. Muitos já entram bêbados nos estádios ou até deixam de ir para poder tomar uma cerveja com os amigos. É uma renda importante que os clubes não estão conseguindo capitanear – explica o advogado da SCClubes e do Avaí, Sandro Barreto.

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A Polícia Militar e o Ministério Público, no entanto, são contra essa proposta. Para eles, a proibição comprovadamente diminuiu a violência nos estádios. Um estudo aponta que grande parte das brigas aconteciam no segundo tempo dos jogos, quando os ânimos ficam mais exaltados. Mas como a cerveja pode deixar a pessoa sonolenta depois de um tempo de ter sido consumida, não permitir que o cidadão continue bebendo pode ajudar a diminuir os riscos de uma briga.

– A bebida em si não é causadora de atos violentos, mas é uma potencializadora de ações assim. Hoje, não somos favoráveis, mas estamos dispostos a debater sobre o assunto – afirma o tenente coronel da PM Márcio Cabral.