O decreto do governo do Estado em vigor atualmente estabelece a data de 13 de outubro para o possível retorno das aulas presenciais na rede de ensino em Santa Catarina. No entanto, os planejamentos divulgados pelas maiores cidades catarinenses após a divulgação das diretrizes estaduais mostram um cenário de incerteza e datas ainda em aberto.
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A Secretaria de Estado da Educação admite que os alunos poderão voltar às salas de aula somente se as regiões do Estado estiverem abaixo do nível de risco “moderado” no mapa da situação do coronavírus. Atualmente, nenhuma região se enquadra no quesito, com três delas em situação de risco “gravíssimo” e outras 12 em risco “grave”.
Com isso, cabe aos municípios no momento o planejamento para o retorno quando for possível, no aguardo de uma liberação que será dada somente pelas autoridades de Saúde do Estado. Veja como está a situação em algumas cidades de Santa Catarina:
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Florianópolis
O secretário de Educação, Maurício Fernandes Pereira, diz que a prefeitura tem um planejamento pronto para retomar as atividades assim que for permitido, mas irá aguardar uma liberação da Secretaria de Saúde do município.
Diferente do plano do Estado, de retomar as atividades inicialmente para os estudantes que precisam de reforço escolar, a Capital deverá reabrir as portas das escolas somente quando for possível ter aulas comuns, para todos.
Palhoça
Segundo nota da Secretaria Municipal de Educação, o retorno das aulas ocorrerá somente após a estabilização dos casos de coronavírus na cidade. O plano é que, após a liberação pelo Estado, o município autorize o retorno depois de 15 dias seguidos sem contágio.
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Biguaçu
O protocolo ainda está sendo feito por um comitê criado na prefeitura. Segundo a secretária de Educação, Kátia Bernadeth da Silva, “não há projeção de data de retorno” das atividades presenciais, e o município aguarda mais orientações sobre ensino fundamental e infantil. Em entrevista à CBN Diário no fim de agosto, o prefeito Ramon Wollinger disse que “não acredita que as aulas voltem em 2020”.
São José
A prefeitura também criou um comitê e está se preparando com base nas diretrizes divulgadas pelo Estado na quarta-feira, mas ainda não tem data para retorno.
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Blumenau
Em coletiva de imprensa sobre a atualização da situação do coronavírus na cidade, a secretária de Educação, Patrícia Lueders, reforçou que “não há previsão de retorno” para as aulas presenciais em Blumenau.
A secretária destacou também que as diretrizes do Estado são um modelo, mas o município pode adaptar os protocolos à realidade local.
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Itajaí
O município também não tem previsão de retorno, mas informou que estuda protocolos e dinâmicas possíveis para a volta às aulas com base nas diretrizes estaduais.
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Joinville
A cidade tem um protocolo definido para a volta às aulas no dia 13 de outubro se houver a liberação pelos órgão de Saúde. O plano prevê que o retorno será gradual e atingirá apenas 30% dos estudantes matriculados em cada turma. O atendimento diário terá carga reduzida de duas horas por período. A ideia é que o número de crianças atendidas presencialmente amplie-se de forma progressiva até atingir 24,5 mil alunos semanalmente.
Conforme uma pesquisa apresentada em reunião na Associação de Municípios do Nordeste de Santa Catarina (Amunesc), 75% dos pais de alunos em Joinville e região não pretendem mandar os filhos para a escola se tiverem essa opção no início da retomada.
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Chapecó
Conforme a prefeitura, a comissão que estuda a volta às aulas em Chapecó está trabalhando desde o início de julho. No momento, o grupo está analisando o quadro funcional da educação na cidade, para fazer um levantamento sobre os professores que estão no grupo de risco e amenizar os impactos da ausência deles em uma possível retomada das aulas presenciais.
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A Secretaria de Educação ressalta também que “ainda não se tem uma data definida para retorno” e que a decisão vai passar pela situação da pandemia em Chapecó.
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Joaçaba
A prefeitura formou em agosto uma comissão com membros da Saúde, Educação, Defesa Civil, Procuradoria Jurídica e Conselho Tutelar, e o grupo está estudando o protocolo de volta às aulas.
Durante as últimas semanas, a comissão tem focado em visitar as escolas de Joaçaba e analisar a estrutura física e a rotina de fluxo de pessoas, como o deslocamento de professores e alunos. A ideia é ver a melhor maneira de garantir a segurança sanitária em um possível retorno, além dos pontos básicos como a distribuição de álcool em gel e uso de máscaras.
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Criciúma
Na maior cidade do Sul do Estado, uma reunião virtual está marcada para quarta-feira, 16. Segundo a gerente pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Silvana Bento, diretrizes pedagógicas, sanitárias e de segurança serão discutidas no encontro, e analisadas por um comitê que conta com a participação da Secretaria Municipal de Saúde.
Tubarão
Em Tubarão, a equipe trabalha na preparação de um protocolo a partir das recomendações da Secretaria de Saúde, segundo a diretora-presidente da Fundação Municipal de Educação Adriana Mariano. As compras necessárias para a retomada, como de equipamentos de proteção individual, já foram encaminhadas.